Projeto Baú de leitura realiza ações na Aldeia Salto
Durante os meses de março e abril, a Professora Maria Aparecida Medina (Cidinha Medina) esteve na Aldeia Salto, município de Tocantínia, realizando sua pesquisa sobre a Prática pedagógica dos professores indígenas na Escola Waikarnãse. Ela foi envolvida em ações da comunidade e também envolveu as crianças em várias atividades, dentre as quais, o Baú de Leitura (Projeto do CEULP/ULBRA), cujo objetivo principal é despertar as crianças para o mundo da leitura.
É a segunda vez que meninos e meninas dessa aldeia vivem momentos de deslumbramento diante de livros infantis e gibis. O baú foi instalado num canto especial, de chão batido, de onde exalava cheirinho de terra e de brisa natural, em típica sala de aula com palha de buriti, construída em mutirão, no pátio da escola grande. Ambiente cosmologicamente convidativo para agradável viagem ao mundo da leitura.
As crianças indígenas demonstraram intensa vontade de ler, mesmo que a maioria delas ainda não domine a Língua Portuguesa na primeira fase do Ensino Fundamental. Mesmo assim, passaram dias mirando página por página de cada livro. Umas poucas conseguiram decodificar algumas palavras, maravilhadas com personagens e cenários fantásticos dos contos de fadas. E, curiosas, pediam a professora para ler uma história atrás da outra.
Ao final desse encontro dialógico e intercultural, as crianças desenharam, pintaram e expressaram a alegria de poderem levar livros para casa onde foram compartilhados com a família. Experiência nova que será repetida muitas vezes pelos professores da escola. Eles se comprometeram!
Nas escolas indígenas há dificuldades, como a falta de domínio da Língua Portuguesa e de metodologias que estimulem a leitura, dificultando o acesso dos estudantes Xerente a obras literárias, mesmo porque as produções que entram na escola são escritas na língua oficial. Isso confirma o que Lya Luft disse em um dos seus ensaios. "Dizer que o brasileiro não gosta de ler é justificar a falta de estímulo muito comum em grande parte das escolas", principalmente nos anos iniciais, porta de entrada para a formação de bons leitores.
Esse cenário, no entanto, começa mudar com a produção de histórias e mitos na língua Akwen, escritos pelos próprios professores e pelas lideranças. Essas produções já estão sendo inseridas na sala de aula como aperitivo no processo de formação de leitores.
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