Arquitetura e Urbanismo: Viagem de estudos às missões
![](https://www.ulbra.br/upload/e66a928ac8d021a2339c2b4eaf8f6c28.jpg)
O curso de Arquitetura e Urbanismo da ULBRA Torres promoveu, de 07 a 10 de junho, uma viagem de estudos às Missões, com o objetivo de conhecer um dos mais importantes conjuntos arqueológicos em terras brasileiras. Reconhecido pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade, foram apresentadas aos estudantes as Técnicas Retrospectivas que vêm sendo empregadas, pelo IPHAN - Instituto Histórico e Artístico Nacional, na consolidação do Sítio de São Miguel Arcanjo desde 1937.
No primeiro dia, o roteiro do grupo, composto de 37 estudantes e sete professores, se concentrou nas atrações da cidade de São Miguel das Missões, que incluíram almoço típico na Fazenda do Presente, que abriga barreiro das antigas olarias missioneiras, trilha até à Fonte Missioneira, que revela o sistema de abastecimento de água do antigo povo de São Miguel, e percurso pelo Sítio de São Miguel Arcanjo, conduzido pelos Professores João Gallo de Almeida e Marcos Bueno. O Sítio concentra, além das Ruínas da redução jesuítica com destaque para a igreja em estilo barroco, o Museu das Missões, que foi projetado, em 1940, pelo arquiteto Lúcio Costa e mescla a linguagem modernista ao avarandado inspirado nas habitações indígenas missioneiras, cujo acervo remonta a história e a arte do período jesuítico. Para coroar o percurso de sábado, o grupo assistiu ao Espetáculo Som e Luz, narrativa da história das Missões Jesuítico-Guarani contada através de efeitos sonoros e luminotécnicos.
No domingo, o grupo retornou ao Sítio de São Miguel, para assistir palestra sobre a atuação do IPHAN na consolidação das Ruínas e na preservação do sítio, proferida pela arquiteta Sandra Petry, chefe do Escritório Técnico do Instituto. Em seguida, o grupo se deslocou à cidade vizinha de Santo Ângelo, onde visitou o Memorial Coluna Prestes, localizado no prédio da antiga estação ferroviária do município em estilo colonial inglês, que abriga também o Museu Ferroviário, o Monumento à Coluna Prestes, primeira obra projetada por Oscar Niemeyer no estado, bem como o Monumento a Sepé Tiaraju, líder indígena que batalhou na Guerra Guaranítica.
As atividades se encerraram na visita ao Sítio Arqueológico de Santo Ângelo Custódio, sobre o qual foram construídas a Praça Pinheiro Machado, que mantém a posição original da praça da redução jesuítica, e a Catedral Angelopolitana, erguida em 1920 em estilo eclético com alusões ao barroco missioneiro. O grupo pode visualizar também as janelas arqueológicas abertas após as escavações no local, que revelam remanescentes da redução, principalmente as fundações da Igreja original. Na mesma praça encontram-se os prédios históricos da Prefeitura Municipal e o Museu Municipal Dr. José Olavo Machado, que abriga a maquete da redução bem como outros remanescentes do período jesuítico.
Atendendo à natureza didática da viagem de estudos, os participantes foram estimulados, durante todo o percurso, a fazer registros por meio de fotos, croquis e anotações, a fim de potencializar o conhecimento adquirido e sistematizar as informações. Como forma de incentivar tais registros, foi lançado o Concurso de Fotografia "Um olhar sobre as Missões", uma espécie de maratona de fotografia na qual cada participante da viagem submeterá uma foto, através do email arquitetura.torres@ulbra.br, ao júri técnico, que selecionará a melhor imagem, a ser premiada com um livro sobre fotografia. Todos os registros fotográficos da viagem estão publicados na página do curso no Facebook (www.facebook.com/ArqUrbTorres).
A Viagem de Estudos foi acompanhada pelos professores João Francisco Gallo de Almeida, Breno Clezar, Karla Barros Coelho, Marcos Bueno e Moisés Vitoretti e coordenada pelas professoras Thaís Menna Barreto e Bianca Breyer Cardoso.
"A Coordenação do curso agradece a todos os participantes da viagem de estudos às Missões: estudantes, professores, guias locais e todos que contribuíram de alguma forma para o sucesso de mais uma atividade do Coaching Project. O saldo positivo, manifestado sobretudo pela satisfação dos alunos, demonstra que viagens desta natureza são muito válidas não apenas para a sensibilização quanto ao valor da paisagem cultural e histórica e da importância da atuação do arquiteto e urbanista, mas também por propiciarem o entrosamento entre os próprios alunos e entre estes e seus professores, o que reforça a interação e impulsiona o processo de ensino e aprendizagem", cometou Thaís Menna Barreto, coordenadora do curso.
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