Professores da Rede de Escolas da Ulbra e estudantes do curso de Pedagogia da Ulbra Canoas participaram do evento Conversas sobre Inclusão - O papel da família na inclusão e o papel da escola, ministrado por Cláudio Dusik, egresso da Ubra, graduado em Psicologia e doutor em Informática Educacional. Cláudio tem uma atrofia muscular espinhal (AME), doença degenerativa que limita os movimentos e causa deformidades no corpo. A superação dos seus próprios limites e a inclusão sempre estiveram presentes em sua vida. Como uma inspiração para alcançar os seus desejos, Cláudio menciona a frase "são os nossos desejos, e não nossas condições, que determinam até onde podemos chegar", diz ele, que teve sua expectativa de vida estimada em 14 anos.

Segundo ele, falta formação dos professores e interesse em conhecer e abraçar a causa da inclusão. Acredita que muito vai do próprio professor em querer saber e se aprofundar sobre o assunto, mas este, também precisa ter o apoio da escola, para que haja um trabalho em rede e que a inclusão realmente aconteça. "O professor não pode ficar sozinho na causa."

 Dusik reforça que hoje não há mais espaços para ouvir frases do tipo: "Um aluno deficiente caiu de paraquedas na minha turma. Não sei o que fazer". Ele lembra que desde 2001 foi Lançada a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Escolarização Inclusiva e que já deu tempo para as escolas buscarem informações e aprender sobre inclusão e, principalmente, coloca-las em prática. Reforça ainda que cabe às escolas e à sociedade acionar os seus direitos quando perceberem que falta estrutura ou que o direito de alguém está sendo privado. Segundo ele, no Brasil existem leis que garantem a inclusão. "Existem leis. E elas estão ao alcance da sociedade." 

Laira Souuza
Jornalista - Mtb. 11.610