Responsabilidade Social 27/03/2024 17:52
Mutirão contra o Aedes
Rede de Escolas da Ulbra incentiva ações de combate à dengue
"Uma semana tem dez mil minutos, que tal usar apenas dez para combater o Aedes?". A proposta dos pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) serviu de referência para o Tema de casa solidário: 10 minutos contra o Aedes, promovido pela Rede de Escolas da Ulbra, durante o último dia 25 de março.
Conforme a gerente de Políticas Pedagógicas da Educação Básica e Técnica da Ulbra, Núrfis Vargas, o objetivo da ação é ensinar e conscientizar os alunos sobre a importância da prevenção, estimulando a participação das famílias e na promoção da saúde e do bem-estar na comunidade escolar.
"As escolas do Sul, Norte e Centro-Oeste se uniram à campanha por um motivo importante: a dengue é um problema de saúde pública que afeta todo o país. A participação de todas as regiões é fundamental para fortalecer a luta contra o mosquito e proteger a saúde da população", destaca Núrfis.
Tema de Casa Solidário
Os estudantes receberam diversos desafios e, além de aprender e usar a criatividade para se engajar na luta contra a dengue, realizaram buscas por criadouros do mosquito em suas casas e se empenharam na realização de desenhos, relatórios, vídeos e fotos.
O objetivo é que os jovens entendam os fatores que contribuem para a proliferação do mosquito, aprendam mais sobre possíveis medidas preventivas no enfrentamento da doença e compreendam a responsabilidade individual, coletiva e o papel das autoridades de saúde pública.
A ação é uma iniciativa do Sindicato do Ensino Privado (Sinepe/RS), do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e do Governo do Estado do Rio Grande do Sul.
Dengue
Conforme dados do Ministério da Saúde, o Brasil já contabiliza mais de 2 milhões de casos de dengue em 2024. No Rio Grande do Sul, os casos confirmados já passam de 30 mil. A doença é causada por vírus e transmitida pela picada da fêmea infectada do mosquito Aedes aegypti. Entre os principais sintomas estão febre e mal-estar.
A vacina contra a dengue entrou no Calendário Nacional de Vacinação em fevereiro deste ano, abrangendo 521 municípios distribuídos em 37 regiões do país. Conforme a bióloga e professora da Ulbra Canoas, Letícia Azambuja Lopes, mesmo com a existência da vacina, ainda não há um número expressivo de pessoas se imunizando. "Se tivermos uma boa quantidade da população vacinada, vamos diminuir os casos e abrandar essa epidemia."
Para Letícia, falar sobre saneamento básico também é fundamental. A ausência dos serviços de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgotos contribui para o aumento de ambientes favoráveis à reprodução do mosquito.
"Saneamento é um serviço básico e está relacionado com o aumento da dengue. No site Trata Brasil, existe um levantamento das condições de saneamento. O Sul, por exemplo, fornece rede de esgoto apenas para 49,7% da população. É uma situação complicada, que colabora para a proliferação do mosquito", destaca.
A prevenção também acontece dentro dos domicílios, com uso de telas nas janelas, repelentes, remoção de recipientes que possam se transformar em criadouros de mosquitos, vedação dos reservatórios e caixas d'água, desobstrução de calhas, lajes e ralos.
Em caso de sintomas, a recomendação é evitar uso de medicamentos por conta própria e procurar um serviço de saúde que fornecerá as orientações necessárias.
Thamiriz Amado
Jornalista - Mtb 18.872
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