Idealizadores e autoridades conversaram com os candidatos Foto: Marcelo Monteiro/Ulbra

Um importante passo para impulsionar a tecnologia no Rio Grande do Sul foi dado na noite de quinta-feira (3/4). A Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) recebeu cerca de 250 jovens inscritos no projeto de Residência em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC 55). O programa faz parte de uma série de ações de apoio à recuperação do Rio Grande do Sul e visa formar especialistas em programação avançada para atender a crescente demanda por profissionais qualificados em Canoas e Região Metropolitana.

A noite serviu para recepcionar os candidatos e integrá-los ao ambiente da Universidade, que é parceira da iniciativa, junto da Fundação da Ulbra (Fulbra) e da Rede Ulbra de Inovação (Ulbratech). A partir de agora, os inscritos passam para uma fase de nivelamento por meio de um curso 100% online, com o apoio de professores e monitores. Cinquenta alunos serão classificados e passarão para outra fase, composta por uma imersão no campus da Ulbra Canoas. Eles receberão uma bolsa mensal de R$ 1.800,00 durante seis meses e um notebook em comodato, e trabalharão em equipe para desenvolver soluções computacionais.

Para o presidente da Ulbratech, Paulo Beck, o projeto envolve muito mais do que capacitar futuros profissionais para o mercado de tecnologia. "Estamos falando sobre o futuro, empregabilidade e crescimento. Percebemos que as empresas têm muita dificuldade em encontrar profissionais com certas capacidades essenciais, que consigam resolver problemas com criatividade e que saibam trabalhar em equipe. Por isso, além da tecnologia, buscamos desenvolver essas habilidades comportamentais, as chamadas soft skills", explica o presidente.

Já o diretor da Ulbratech, Alexandre Ströher, destacou o objetivo principal do projeto: suprir a demanda de profissionais do setor de tecnologia. "Estamos buscando pessoas engajadas, que queiram aprender e até mesmo trocar de carreira. Nosso objetivo é alcançar também profissionais de outras áreas, que não sejam necessariamente da Tecnologia da Informação. A ideia é que, dependendo dos projetos apresentados e entregues às empresas, esses participantes possam até se tornar futuros empreendedores", acrescentou o diretor. Ao final do programa, os estudantes apresentarão seus projetos para uma banca avaliadora e serão aprovados para o desenvolvimento de novos negócios.

Aprendendo com quem entende do assunto

A Brisa, empresa parceira da ação, é uma empresa brasileira com mais de 30 anos de experiência em desenvolvimento, integração e testes de software. Reconhecida como Instituto de Pesquisa pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, atua em diversos setores, oferecendo soluções tecnológicas para empresas e governos. O diretor pedagógico da empresa e criador do projeto, Paulo Foina, destaca a alta empregabilidade que os alunos encontrarão após a conclusão do curso.

"O Brasil tem hoje cerca de 150 mil vagas abertas na área de tecnologia há mais de seis meses. Ou seja, há oportunidades para todos. No entanto, isso não significa que qualquer pessoa pode ser contratada. É necessário ter, no mínimo, algum conhecimento na área. No nosso programa, assim como na computação em geral, os alunos saem da faculdade já com a perspectiva de ganhar, inicialmente, entre R$ 4 mil e R$ 5 mil", conclui Foina.

O Projeto Residência em TIC 55 - Apoio à Recuperação do Rio Grande do Sul, apoiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, com recursos da Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991, é realizado pela Fulbra, Brisa, Ulbratech, Ulbra, Softex e MCTI Futuro.

Marcelo Monteiro
Assessoria de Comunicação Ulbra