Arte com papel
Acadêmico de Arquitetura produz esculturas em 3D com papel
Até o momento o jovem realizou mais de cinco exposições.
Luiz Anderson de Moura Leite tem apenas 25 anos de idade, mas possui um talento único: produz esculturas em 3D feitas com papel. O jovem estudante do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Luterano de Santarém (Ceuls/Ulbra) tem conquistado o mercado com o seu trabalho. Até o momento, realizou mais de cinco exposições em Santarém e Altamira.
Papercraft é o nome da arte feita com papéis por Luiz, e é uma técnica de origem japonesa que foi espalhada pelo mundo, como se fosse uma evolução do origami aliada a tecnologia com cursos de produção tridimensional. Ele ressalta que suas produções começaram a partir de um hobby, mas, foi somente ao ingressar no curso de Arquitetura e Urbanismo em 2016 que viu a possibilidade aperfeiçoar seu processo de criação e chegar a um resutado mais satisfatório.
Conheça um pouco dessa trajetória.
Como funciona o seu trabalho e desde quando começou?
Luiz Anderson - Então, eu comecei mais por hobby em 2013, mas naquela época eu não criava os meus desenhos, eram da internet. Somente em 2016, quando estava aqui em Santarém que eu comecei a dominar mais esses programas de modelagem 3D e consegui criar meus próprios desenhos, a criar os heróis e todos os animais e personagens que tenho atualmente que são todos originais meus. Em 2016, comecei a comercializar e percebi que estava em um nível de qualidade de acabamento bom que as pessoas já estavam requisitando, então eu comecei a intensificar a produção.
Qual é o tipo de material que você utiliza para fazer suas criações?
Luiz Anderson - Eu uso um programa de recurso de modelagem 3D chamado blender, que ele é um programa de fazer animação para jogos de videogames.O material é papel cartão.
O Curso de Arquitetura ajudou você a ter um novo olhar para o mercado?
Luiz Anderson -- Sim. Na verdade eu só voltei a fazer depois que eu entrei no curso de Arquitetura e Urbanismo quando conheci o papel paraná, que é um papel de maquete, que a gente utiliza para fazer maquetes. Eu notei que poderia fazer também esses outros trabalhos de papercraft, e aí eu comecei procurando e andando nessas papelarias descobrindo esses outros materiais,outros papéis até chegar nesse papel que utilizo atualmente. Esse trabalho ajuda pela questão do curso ser integral, então eu não consigo ter um trabalho fixo em uma empresa e receber remuneração justa. A produção dessas artes foi um jeito também de investir em mim, em vez de trabalhar usar minhas habilidades para outras pessoas. Minha expectativa é tentar juntar a Arquitetura com esse tipo de trabalho, fazendo com que as minhas obras ou edificações tenham a mesma estética ou alguma referência do que eu já faço.
Como estão as encomendas de produção?
Luiz Anderson - Hoje em dia eu tenho duas vertentes, a vertente das encomendas que eu faço, a pessoa pode fazer o pedido de qual personagem, de qual bicho o que ela quer de verdade, e tem a outra vertente que é quando eu decido qual rumo que eu quero seguir, tipo: uma coleção a uma série ou uma coleção específica para Amazônia, alguma coisa temática e aí eu sigo nesse rumo e atendendo ao mesmo tempo as encomendas.
E o reconhecimento do público?
Luiz Anderson - É muito legal, recebo mensagens pelas redes sociais, o povo realmente percebe que é diferente do que existe por aí, você não consegue achar alguém que faça um trabalho assim com tanta dedicação e esforço, é muito desgastante. Existem meses que trabalho a semana inteira mais do que eu venho para faculdade, mas é o que eu gosto de fazer e acho que uma hora ou outra esse trabalho volta pra mim.
Qual a sua avaliação sobre importância do curso de Arquitetura e Urbanismo para sua vida profissional?
Luiz Anderson - Há um diferencial, eu acho que a Arquitetura foi fundamental pra abrir o meu olhar para outras coisas que estavam ali na minha frente e eu não percebia, ou uma forma de perceber as edificações, de como chegar naquele resultado de uma maneira mais objetiva, um método de criação mais objetivo que antes eu não tinha. Então, o curso me deu um processo criativo mais específico para chegar nos resultados com mais facilidade do que eu quero.
Parabéns pelo trabalho e sucesso!
Por: Estagiária de Jornalismo Liege Costa
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