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Revolucionando o ensino de programação no Brasil
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O professor Neri Aldoir Neitzke, coordenador do curso de Sistemas de Informação da ULBRA Carazinho, atua no ramo da informática desde 1992. Graduado em Tecnologia em Processamento de Dados, é pós-graduado em Desenvolvimento de Softwares com Ênfase em WEB, o docente este mês comemorou mais de dois milhões de acessos no site do Youtube, onde tem postadas mais de 2.500 videoaulas.
“Em 1992 comecei a atuar na área de informática e a primeira linguagem de programação a qual tive acesso foi o Clipper, com o qual trabalhei até 1997, quando conheci a ferramenta Delphi, com a qual trabalho até hoje”, lembra o professor. Em 1998 começou a cursar Tecnologia em Processamento de Dados e iniciou a programar em Java também.
Neri Neitzke afirma que com as videoaulas pretende explicar como era aprender a programar tempos atrás, e como pode ser hoje. “Eu mesmo levei muito tempo (no início da década de 90) para aprender a programar em Clipper. Quando fui convidado para ser docente na Universidade quis achar uma forma bacana de facilitar e agilizar o aprendizado em Java, que inclusive para mim era foi por muito tempo um ‘bicho de sete cabeças’”, conta o docente.
Neitzke começou a desenvolver videoaulas e a postá-las de forma gratuita no site do Youtube no ano de 2006. Todas elas foram elaboradas pelo professor Neri e estão à disposição dos acadêmicos da ULBRA Carazinho na biblioteca da Instituição. Para quem não conhece este trabalho, pode ter acesso através do site www.youtube.com/nerineitzke.
As gravações ocorrem normalmente de madrugada, depois das aulas na ULBRA Carazinho. “Sabe é engraçado, porque eu não edito nada, vou falando explicando. Às vezes meus filhos ou a minha esposa vêm falar comigo, e tudo isto consta nos vídeos pois eu não corto nada, não edito. Acredito que desta maneira consigo me aproximar de quem está assistindo”, comenta. Neitzke conta que não são raras as vezes em que as pessoas ligam para sua casa e conversam com a família como se fossem velhos conhecidos. “Acho que devido a esta simplicidade e pela maneira de explicar as matérias de forma coloquial, que as vídeoaulas têm tantos adeptos”, revela o coordenador.
Neitzke ainda revela que diariamente responde a dezenas de e-mails de alunos de todo o Brasil e até de outros países. Seus alunos do curso de Sistemas de Informação da ULBRA Carazinho ficaram impressionados com a “fama” do professor quando 25 deles participaram do 10º Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre, de 24 a 27.06. “Os acadêmicos de universidades de outros estados viam o professor Neri e corriam para pedir autógrafos e queriam tirar foto com ele. Tudo por causa das videoaulas”, lembra o acadêmico Daciano Pozzer.
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