As finais de Handebol feminino e masculino foram marcadas por muito espírito esportivo. O calor de mais de 30°C, que invadia o ginásio principal do campus das ULBRA, não foi páreo para as grandes competições que estariam por vir. Ao redor da quadra, as torcidas se agitavam e os bumbos entoavam um som ensurdecedor, ninguém imaginava que as disputas seriam tão acirradas.

O time feminino de Handebol do colégio Rui Barbosa, de Marechal Cândido Rondon (PR), adentrou a quadra e demonstrou que não estava lá para perder. Do outro lado, as meninas da equipe uruguaia do Colegio y Liceo San Pablo demonstravam que seus objetivos eram nada menos que a vitória.

Ao começar a partida, logo aos dois minutos e trinta segundos do primeiro tempo, a jogadora número 13 do Rui Barbosa foi expulsa. Os dois minutos pareciam eternos, isso demonstrava que o clima dentro da quadra ultrapassava aqueles 30°C antes mencionados. Passes errados, furos nas barreiras e nem tão boas finalizações fizeram com que o Rui Barbosa saísse perdendo.

A reviravolta acontece no segundo tempo, quinze minutos era o que separava o San Pablo da tão sonhada vitória. Aos dez minutos, o equilíbrio parecia ter ficado no banco de reservas e o Rui Barbosa vira o placar e faz jogadas que lhe garantem o titulo de campeão dos 16º Jogos Internacionais Luteranos.

Ao sair da quadra, as meninas olhavam para os meninos, era a vez de eles decidirem a competição. O único a permanecer foi o técnico Gleison Pacheco, no seu olhar, ao mesmo tempo em que demonstrava alegria pela vitória das meninas sobre o San Pablo, reluzia preocupação, afinal, seu time masculino era formado por garotos de pouca idade, diferente do adversário.

Começa o jogo, ao contrário do feminino, o jogo dos meninos foi mais calmo, sem muitas expulsões, com poucos cartões e muitas jogadas táticas. O Colégio Cristo Redentor possui um time completamente titular recém saído de competições importantes, como a Copa Paquetá. A diferença da partida foi apenas o tipo físico dos jogadores, pois a qualidade técnica e invejável nos dois times. Roberto Machado, a todo o momento demonstrava que sua experiência foi adquirida ao longo de muitos anos.

Fim de jogo, 13 x 12 para o Cristo Redentor e para o Rui apenas a tristeza de não voltar com o troféu para casa. A volta para o Paraná não será como eles haviam planejado, mas os próximos anos de competições garantem que essa tradição e rivalidade entre Rui Barbosa e Cristo Redentor trarão jogos ainda melhores.

Matéria produzida por Cibele Avendano e foto de Douglas Bittencourt, integrantes da AGEX - Agência Experimental de Comunicação.