Coordenadora de Educação Continuada EAD, Simone Echeveste, participou do encontro no dia 25 Foto: Reprodução

A Formação Continuada Docente da Ulbra, que está na segunda etapa de eventos, trouxe mais três debates entre os dias 21 e 25 de setembro. Todos os encontros acontecem no formato virtual e têm como temática principal a recriação dos professores no contexto da pandemia. Durante as lives os docentes participantes interagem de forma síncrona. 

Na última segunda-feira, 21, foram abordados as aulas práticas remotas e o desenvolvimento de competências com mediação da professora do curso de Medicina da Ulbra, Miriam Heine. O devocional sobre o mês da pátria e a Revolução Farroupilha ficou a cargo do capelão do campus Canoas, Mário Fukue. Em seguida, a docente do curso de Arquitetura e Urbanismo de Torres, Marta Floriani, relatou sobre as atividades de assessoramento e orientação que vem desenvolvendo nas suas disciplinas.

O curso de Medicina Veterinária foi representado pelas docentes Vanessa de Ávila e Ana Maria Telles, trazendo as suas experiências na aula remota. Ana contou sobre os desafios de aprendizagem da sua disciplina de Técnica de Necropsia e Diagnóstico Anatomopatológico, que trabalha com pequenos animais e, eventualmente, equinos e ovinos. "O que eu fiz foi pegar casos antigos que eu tinha sobre doenças em animais e passar todos para os acadêmicos, solicitando a eles que estudassem sobre determinada doença porque será feita uma prática remota específica sobre ela", comentou.

Além desses, os docentes Maria Isabel Morgan, do PPGBioSaúde, Luiza Cremonese e Fernanda Quevedo, da Ulbra Cachoeira do Sul, e Gustavo Martins e Diogo Scalon, do curso de Fisioterapia da Ulbra Canoas, também trouxeram suas contribuições práticas para o debate. 

Setembro Amarelo

No último dia 23, quinta-feira, saúde mental dos professores e os valores de vida vieram à pauta como forma de refletir a importância do Setembro Amarelo, campanha nacional de prevenção ao suicídio. A mediação foi conduzida pela professora de Psicologia do campus Gravataí, Laura do Valle, e o debate abordado pela também docente de Psicologia e integrante da equipe do Núcleo de Apoio Docente e Discente (NAD/NADi) da Ulbra Gravataí, Mariana Benchaya. 

A psicóloga trouxe abordagens sobre o fazer docente e o impacto da pandemia, além das vivências de crise e os valores de vida para a prática educacional. Segundo ela, muitas vezes lidar com as emoções não é algo muito ensinado e comum. "Quando a gente percebe uma emoção mais negativa ou desconfortável, acontece que elas nos sinalizam algo que a gente nem sempre está pronto para olhar e sentir. E, a partir disso, a gente acaba buscando outros recursos para enfrentar as situações", explicou.

Cotidiano docente no contexto da pandemia: do presencial ao remoto

O último encontro da semana, no sexta-feira, 25, foi mediado pela coordenadora de Educação Continuada EAD, Simone Echeveste, e iniciou com o relato do professor de Teologia, Cosme Chinazzo, na sua disciplina de Antropologia Cultural a partir da total reconfiguração do plano de aprendizagem para o Ambiente Virtual. 

Em seguida, Simone também trouxe contribuições ao debate com a ideia de Aprendizagem com afeto e a importância dos laços aluno-professor. Contou que, em sua disciplina de Bioestatística, há alunos de diversas áreas do conhecimento, desde matemática e física até pedagogia e psicologia. "Quando a gente cria um vínculo com o aluno, tudo fica mais fácil. Muitos dos meus alunos têm verdadeira aversão a cálculos e exatas, e a primeira coisa que eu faço é acalmá-los e dizer que este semestre será, acima de tudo, divertido."

A professora Mariana Benchaya também participou do encontro, complementando as abordagens de Simone, através da necessidade de empatia e compaixão na docência como potencializadora na aprendizagem eficiente. Ao final, o diretor de Inovação da UlbraTech, Márcio Machado, abordou o surgimento, trajetória e resultados da maratona Ideathon de geração de ideias para o combate à COVID-19.

Emily Ebert
Estagiária de Jornalismo da Ulbra Canoas