Ciência sem Fronteiras
Acadêmicos do CEULP contam suas experiências no CsF
A duração das bolsas ofertadas pode chegar até 12 meses
Desde o início do programa federal Ciência sem Fronteiras, que concede bolsas de estudos para estudantes brasileiros em universidades de outros países, acadêmicos do Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA) foram contemplados e, assim, participam de graduação sanduíche no país escolhido.
Para que você possa saber como foi o processo de adaptação aos pré-requisitos exigidos e suas experiências com o programa, os estudantes do CEULP elaboraram depoimentos contando desde a inscrição até o retorno da experiência de intercâmbio no exterior. Confira:
Ana Lívia – Engenharia Civil
Faro – Portugal
“A participação no Programa Ciência sem Fronteiras foi uma oportunidade ímpar de crescimento em diversos aspectos: na minha vida acadêmica, na minha futura vida profissional como atuante na área de Engenharia Civil, e também, mas não menos importante, na minha vida pessoal.
No âmbito do aprendizado científico, foi muito bom poder conhecer a rotina de outra universidade, com métodos de ensino diferentes dos quais eu estava acostumada, e assim poder obter uma visão complementar da Engenharia Civil e seus pormenores.
Para isso, a Universidade do Algarve (Ualg), também nos ofereceu diversos cursos/palestras/jornadas/visitas técnicas e várias outras atividades extracurriculares para que dessa forma tivéssemos um contato ainda maior com a Engenharia a nível local, Europeu e mundial. Esse processo de aprendizagem foi facilitado através da assistência que a Ualg, juntamente com o CEULP/ULBRA, me deu antes, durante e ao término do intercâmbio.
O fato de estar inserida em uma cultura diferente da nossa me proporcionou aprendizados diariamente, já que além da tradição portuguesa, aprendi e convivi com pessoas de vários outros países. Portugal foi nesses dez meses de fato um país extremamente acolhedor, o intercâmbio em si foi um período também de autoconhecimento incrível. Não tenho dúvida de que esse capítulo da minha vida realmente só me rendeu ganhos”.
José Belarmino – Engenharia Civil
Limerick - Irlanda
“A oportunidade de estar estudando no exterior pelo programa Ciência sem Fronteiras tem sido, sem sombra de dúvidas, de grande incentivo para minha carreira estudantil e profissional. É muito difícil exemplificar de forma sucinta esta experiência extraordinária. Além de prosseguir com meu aprendizado estudando aqui na Irlanda, tenho consequentemente a oportunidade de conhecer diferentes países, culturas, pessoas, experiências, etc. A bagagem que estarei trazendo de volta será muito além de aprendizado e conhecimento. Aconselho todos a buscarem essa oportunidade, que com certeza trará benefícios tanto para sua carreira na universidade quanto para sua vida profissional”.
Arthur Gonçalves – Engenharia Civil
Melbourne - Austrália
“Depois de um bom tempo de expectativas e aflições, finalmente comecei a preparar o que era necessário para viajar para a Austrália. Eu estudo na Swinburne University of Technology, por enquanto estou apenas nas aulas de inglês, mas daqui alguns meses retornareià graduação. A faculdade é multicultural, existem várias pessoas de lugares diferentes do mundo, mas a presença de asiáticos é maior, e a maioria dos brasileiros estão aqui pelo mesmo programa. Estou esperando conhecer como é a forma que a Engenharia Civil atua aqui, pois pelo pouco que eu vi, percebi que os métodos construtivos são muito diferentes dos utilizados no Brasil.
Acredito que o programa está com o objetivo certo, que é incentivar o estudo de uma segunda língua e não focar em apenas um país. Isso facilita o multiconhecimento dos futuros profissionais do Brasil.
Valentim Allan – Engenharia de Minas
Irlanda
Grandes esforços para um objetivo maior!
“Quando conheci o programa eu não sabia como funcionava o processo seletivo e como eu poderia concorrer a uma bolsa. Descobri que eram exigidos inúmeros requisitos que naquele momento pareciam enviáveis para mim. Procurei orientação e aos poucos comecei a correr atrás para preencher os requisitos necessários. Desde julho de 2013 iniciei a correria para atender ao que era exigido. Eu estudava inglês e forcei meus estudos para realizar um exame de proficiência no idioma. Graças a Deus me saí bem e as madrugadas em claro culminaram em uma boa nota nesse exame. Em paralelo eu procurei me esforçar mais para aumentar minhas médias acadêmicas, abrindo mão de festas e diversão, para me dedicar aos estudos. Me envolvi em projetos de iniciação científica para desenvolver meu conhecimento teórico de forma prática. Sendo bolsista do PROUNI eu já tinha média acima de 600 (requisito básico para tentar uma bolsa).
Com os requisitos preenchidos comecei a escolha pelo país que mais me atraísse para o intercâmbio. Reuni todos os documentos necessários e me inscrevi no programa. No dia 20/01 deste ano, recebi um e-mail que dizia que eu estava pré-selecionado para estudar na Irlanda. Nesse momento eu era a pessoa mais feliz do mundo. Desde então começou outra correria junto ao CEULP/ULBRA, professores e Governo Federal. No momento aguardo a carta de aceite em uma universidade Irlandesa. A minha viagem está prevista para o meio deste ano.
Todo sufoco durante esse tempo foram esquecidos quando ví meu nome na lista de aprovados do Governo Federal. Ali vi que vale a pena correr atrás de nossos sonhos e nos dedicar àquilo que acreditamos”.
Luiz Eduardo Teodoro - Engenharia Civil
Kitchener - Canadá
O programa Ciência sem Fronteiras é uma iniciativa de suma importância para esse momento que o Brasil está vivenciando, momentos de reformas, de mudanças, de buscar novos horizontes; acho que essa é a palavra chave, “Horizonte”, que o Governo Federal tem buscado investir e incentivar nos últimos três anos, e foi o meu interesse por uma nova perspectiva que me levou a buscar o meu “lugar ao sol” no Ciência sem Fronteiras. Ainda me recordo do primeiro ano do Programa, foi neste mesmo ano que comecei a desenvolver o interesse de participar do mesmo, porém por motivos alheios a minha vontade tive que esperar um pouco mais, para sentir esse gosto de vitória que estou sentindo hoje. Essa mesma espera trouxe consigo alguns requisitos que tive que alcançar durante o percurso, um deles foi me aplicar mais nos estudos. Além de ter que me esforçar um pouco mais nos estudos o que realmente me ajudou foi o incentivo que recebi de pessoas certas, e uma peça importante nessa história, foi a Professora Drª. Conceição Previero, que me ajudou muito, abrindo-me a porta para participar do PROICT, me incentivando e ajudando sempre que eu precisava, devo bastante a ela.
Espero trazer de Kitchenernão apenas a fluência em uma nova língua, ou os conhecimentos científicos e acadêmicos, mas também a experiência de vida, de uma nova cultura e um diferencial promissor para o meu futuro e meu currículo profissional.
Não posso deixar de agradecer aos meus professores do CEULP por me proporcionarem uma excelente base acadêmica, nos incentivando em todos os momentos a buscar o conhecimento para alcançar patamares maiores. Aos meus pais que me deram um caráter e me ensinaram o caminho certo para alcançar um futuro de sucesso e a Deus por ser Gracioso e Bondoso. São essas minhas palavras de agradecimento, querendo ainda, incentivar a todos os alunos que desejarem participar do Ciência sem Fronteiras, que assim o faça, por amor ao seu futuro e em nome de novas experiências e busca por novos horizontes.
Se você é acadêmico e tem interesse em participar do programa Ciência sem Fronteiras, deverá preencher os seguintes requisitos:
• Estar regularmente matriculado em um curso de nível superior nas áreas e temas contemplados pelo CsF.
• Ter nacionalidade brasileira;
• Ter cursado entre 20% e 90% do currículo previsto;
• Ter obtido nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) igual ou superior a 600 pontos, em exames realizados a partir de 2009;
• Apresentar perfil de aluno de excelência, baseado no bom desempenho acadêmico segundo critérios da IES;
• Comprovar proficiência conforme consta no texto das chamadas
• Não ter usufruído de bolsa de graduação sanduíche no exterior, financiada no todo ou em parte, pela CAPES ou pelo CNPq.
Caso ainda não tenha todos os requisitos, formule um plano para atingi-los e assim concorrer a essa oportunidade. Para saber mais informações procure a Coordenadora institucional do programa no CEULP - professora doutora Conceição Previero, no Prédio Administrativo do Centro Universitário ou acesse o site cienciasemfronteiras.gov.br.
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