Porto de Eike Batista em Itaguaí entra na reta final
ITAGUAÍ - O projeto nasceu quase que por acaso, quando o grupo procurava uma pedreira capaz de fornecer material necessário para uso na construção do futuro Porto do Açu, no Norte Fluminense. Um morro separava a pedreira do mar, em um local vizinho de outros terminais marítimos, entre os quais o Porto de Itaguaí, um dos maiores do Brasil. Esse ponto do litoral é o mais próximo do quadrilátero ferrífero de Minas Gerais e já é servido por uma movimentada ferrovia (MRS), cujo principal produto transportado é nada menos que o minério de ferro. Eike Batista tinha uma companhia de mineração (MMX), sem capacidade para crescer. Por falta de porto. Então, foi sopa no mel, e da antiga pedreira surgiu a ideia de construção de um novo terminal de exportação de minério de ferro.
Com escoamento, MMX poderá triplicar produção
A MMX, que só tinha condições de produzir 8,7 milhões de toneladas por ano em Minas Gerais, e apenas para clientes no mercado interno, abriu uma porta para o exterior e a partir de 2014 poderá mais do que triplicar o volume extraído de suas jazidas naquele estado. Antes disso, no fim de março ou início de abril do ano que vem, entrará em operação o que o grupo de Eike batizou de Superporto Sudeste, na Ilha da Madeira, em plena Baía de Sepetiba, município de Itaguaí, vizinho do Rio. O investimento será de R$ 2,4 bilhões, segundo a empresa.
Em sua primeira fase, o porto está projetado para exportar 50 milhões de toneladas anuais de minério de ferro, mas começará mesmo com 12 milhões, no ano que vem. As obras já são mais do que visíveis pela transformação que vêm causando à Ilha da Madeira. Uma parte da estrada que liga a vila (com cerca de 700 residências e três mil moradores, entre permanentes e temporários) à Rodovia Rio-Santos ficou pronta na semana passada. O restante do trecho, que também dá acesso ao Porto de Itaguaí e à futura base de submarinos da Marinha, é uma via por onde trafegam centenas de caminhões pesados, ônibus fretados e linhas convencionais, tratores e guindastes, em meio a obras por todos os lados. Para complicar, paralelamente a ela surgirá um novo ramal ferroviário, destinado a levar o minério para os pátios de estocagem da MMX.
Junto com o porto, será entregue orla recuperada
Só nas obras do porto trabalham atualmente 3.900 pessoas, 60% das quais recrutadas em Itaguaí e 5%, na vizinha Mangaratiba. Há outras centenas de trabalhadores nas obras da Marinha (a cargo da construtora Odebrecht) e da recuperação ambiental do terreno da extinta fábrica de zinco da Ingá, adquirido pela Usiminas.
A siderúrgica, aliás, também exportará minério de ferro pelo porto da MMX. Não se espantem, porque de alguns anos para cá grandes siderúrgicas brasileiras passaram a ganhar mais dinheiro exportando minério de ferro do que produzindo aço. Todas querem agora ter minas e portos, deixando na gaveta, com raras exceções, projetos de expansão de sua atividade-fim.
Um túnel de quase dois quilômetros de extensão, mais alto (11 metros) e mais largo (20,5 metros) que as galerias do Rebouças, o principal do Rio, já está totalmente aberto. Parte da antiga pedreira e desemboca no píer, que forma um L. Por dentro dele passarão as esteiras com o minério de ferro a ser descarregado nos navios que atracarem no píer. O minério virá nos comboios da MRS desde o quadrilátero ferrífero, saindo das minas da MMX, da Usiminas e de terceiros, e será inicialmente armazenado em dois pátios de estocagem, com capacidade total para 2,5 milhões de toneladas.
O virador de vagões começou a ser montado no primeiro pátio em março. Com o píer quase concluído, o túnel pronto, e os pátios também entrando na reta final, restará a montagem dos equipamentos (esteiras, empilhadeiras, descarregadores de minério). E as obras de compensação socioambiental, como o plantio de 200 mil mudas às margens do Rio Guandu, em Seropédica e Queimados, o apoio às colônias de pesca e aos cursos de qualificação profissional, e a recuperação da orla urbana da Ilha da Madeira, prevista para ser inaugurada junto com o porto.
Fonte: Globo.com
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