Senai recebe investimento de quase R$ 2 bi para programas de inovação e tecnologia
Sem contar com mudanças imediatas no câmbio ou efeitos rápidos das medidas anunciadas recentemente pela presidente Dilma Rousseff para reanimar a economia, a indústria brasileira decidiu agir por conta própria, com investimentos de R$ 1,9 bilhão até 2014 para retomar a capacidade de competir, ante o avanço das importações, no mercado interno e no exterior. Os recursos serão aplicados na construção de laboratórios para desenvolvimento e certificação da qualidade de produtos, absorção de tecnologia e inovação tanto na produção quanto no gerenciamento das empresas, além de reforçarem a qualificação de mão de obra para o setor. Toda essa nova estrutura será abrigada no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), por iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O conjunto de medidas em assistência às linhas de produção, anunciado ontem em Belo Horizonte inclui ainda a reforma ou construção de 250 escolas do Senai no país e a compra de 81 unidades móveis da instituição para atender municípios menos industrializados do interior. O número de alunos atendidos pela instituição vai subir de 2,5 milhões em 2011 a 4 milhões por ano a partir de 2014. Terceira maior economia do Brasil, Minas Gerais vai receber R$ 260 milhões, ou seja, 13,7% do orçamento total definido pela CNI para o Programa de Apoio à Competitividade da Indústria Brasileira.
Cerca de 80% do dinheiro (R$ 1,5 bilhão) será financiada para pagamento em 15 anos pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os outros R$ 400 milhões, de acordo com o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, serão de recursos próprios. "Muitos fatores prejudicam a indústria nacional. Estamos fazendo a nossa parte. O programa vai ajudar a indústria a melhorar a produtividade das fábricas, a criar produtos mais sofisticados e reduzir os custos de produção", afirmou.
No começo do mês, a presidente Dilma anunciou medidas de desoneração da folha de pagamentos de 15 segmentos da indústria, determinou a ampliação do crédito do BNDES para investimentos industriais e exportações e a redução dos encargos dos financiamentos. O pacote, entretanto, não tocou em fatores cruciais da falta de competitividade, como o alto custo dos insumos industriais, a exemplo da energia elétrica, a pesada carga tributária no país e o real valorizado frente ao dólar, que favorece as exportações.
Na execução do programa, a CNI conta com a parceria de dois institutos de ensino renomados, o MIT (sigla em inglês do Instituto de Tecnologia de Massachusetts) e o alemão Fraunhofer, para formar 6 mil profissionais da indústria no exterior. Os 23 institutos de inovação e 38 institutos de tecnologia que serão criados pelo Senai para prestar os novos serviços às empresas no país vão treinar 1 mil doutores em diferentes áreas de atuação, dos ramos de alimentos ao automotivo, passando pela mineração e componentes eletroeletrônicos.
A construção dos novos centros de serviços começa neste ano, da mesma forma que a reforma e edificação de escolas. Minas Gerais terá seis institutos de tecnologia do Senai, com base estruturada na Fundação Centro Tecnológica do estado (Cetec), como sequência de um convênio firmado no ano passado entre a instituição e a Federação das Indústrias (Fiemg). De acordo com o diretor regional do Senai/MG, Lúcio José Sampaio, depois de estruturados os institutos, serão definidos as cidades que vão abrigar as unidades. Minas terá outros três institutos de inovação, dos quais dois em BH e um em Itajubá, no Sul do estado.
Diversificação é ponto-chave do programa
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado Júnior, informou ontem que o acordo com a Fundação Centro Tecnológica do estado (Cetec) vai orientar a instituição na defiinição das demandas das empresas para a nova estrutura que será criada pela Confederação Naconal da Indústria (CNI) e o Sistena Nacional de Aprendizado Industrial (Senai). "Trata-se de uma ação estruturada que nos ajudará tanto com a maior competitividade das empresas, quanto na diversificação da indústria mineira", afirmou. Como previa o convênio, a fundação mineira vai atuar apoiando o desenvolvimento tecnológico nas fábricas.
Para permitir a cooperação entre o Cetec e o setor privado, o governador Antonio Anastasia assinou ontem medida que altera a constituição legal da fundação, a ser encaminhada à Assembleia Legislativa. Anastasia participou do lançamento do programa da CNI no espaço que o Senai ocupa no Cetec e conheceu algumas tecnologias desenvolvidas em centros da instituição no país.
O Senai presta serviços técnicos e tecnológicos, todo ano, para mais de 18 mil empresas no Brasil. O presidente da CNI, Robson Andrade, observou que o programa para melhorar a capacidade da indústria de competir resultará na atração de novas empresas para Minas, além de fortalecer as já existentes.
Fonte: Mining.com
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