Vale deve investir US$ 35 bilhões em seus 20 maiores projetos
O presidente da Vale, Murilo Ferreira, afirmou nesta terça-feira que os vinte maiores projetos na carteira da mineradora demandarão US$ 35 milhões nos próximos quatro anos. O valor faz parte dos US$ 48,5 bilhões que a empresa começou a investir desde o ano passado. Somente em 2011, foram investidos US$ 13,5 bilhões desse total.
Ferreira explicou que o montante será aplicado em expansões e conclusões de projetos em andamento. Nesta conta não estão inclusos projetos que serão construídos do zero.
"Apenas projetos em andamento estão dentro desse montante", afirmou, durante evento com empresários, no Rio de Janeiro.
Murilo ressaltou que nesta carteira não está incluso, por exemplo, o maior projeto da empresa, a mina de Serra Sul, que ficará ao lado da maior mina da Vale em operação, Carajás, no Pará. Segundo Ferreira, Serra Sul demandará US$ 19,5 bilhões de investimento e a previsão de conclusão é para 2016.
Serra Sul prevê a produção de 90 bilhões de toneladas de minério por ano. Carajás, segundo Ferreira, ultrapassou 100 bilhões de toneladas ao final do ano passado.
Murilo acrescentou ainda que o investimento na mina será levado à apreciação do Conselho de Administração da Vale ainda no primeiro semestre deste ano. O objetivo é anunciar oficialmente o investimento assim que sair a aprovação do conselho.
Murilo participou de evento com empresários no Rio de Janeiro e destacou a importância da China na operação da empresa. Atualmente, 53% da receita da mineradora vêm da Ásia. Desse total, 32% vêm da China. Europa, que já foi o maior mercado da Vale, hoje responde por apenas 19% da receita.
"O desafio está apenas começando na China", afirmou Ferreira.
O executivo lembrou ainda que a China é hoje a maior consumidora mundial de fertilizantes, área na qual a empresa está investindo para ser uma das quatro maiores produtoras do mundo. A empresa investe em duas minas de potássio e fosfato, principais matérias primas para o produto.
"Estamos fazendo grande esforço para ficarmos entre os quatro maiores produtores de potássio e fosfato, através dos projeto de Carnalita, em Sergipe, e Rio Colorado, na Argentina".
Ferreira rebateu o temor de que a economia mundial irá desacelerar por conta da possibilidade de a China apresentar crescimento menor de sua economia. Ele citou o dado de consumo de minério de ferro, divulgado hoje. "A demanda por minério na China cresceu 6% no primeiro trimestre, quando todos achavam que viria abaixo. Essa é a China que nos surpreende a cada dia", afirmou.
O objetivo da Vale é pensar a demanda da China e de toda a Ásia no longo prazo, afirmou. "Não posso estar preocupado com a visão do jornal de amanhã. Temos que estar preparados para produzir os produtos que a China, o Japão e a Coreia vão precisar no futuro", disse.
Fonte: Mining.com
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