Velhos problemas, novas soluções
novação e sustentabilidade são dois conceitos praticamente inseparáveis. Para atingir suas metas de crescimento sustentável, as empresas devem buscar novas formas de fazer negócios, o que leva à ideia de inovação sustentável. Em um artigo publicado recentemente na revista Forbes, o americano Aron Cramer, presidente da Business Social Responsibility, consultoria com foco em sustentabilidade, afirma que as companhias que criam produtos e serviços para uma economia mais sustentável serão fundamentais para tirar os Estados Unidos do atual período de estagnação. "O próximo Steve Jobs será alguém que coloca a sustentabilidade no centro da estratégia de inovação de sua empresa", diz Cramer.
No Brasil, a pesquisa com as participantes do Guia EXAME de Sustentabilidade 2011 revela a importância do tema: 91% delas incluem no planejamento estratégico a busca por inovações que reduzam os impactos de suas operações e aumentem seus benefícios sociais e ambientais. Cabe esclarecer que inovação não se restringe a avanços tecnológicos que criam algo inteiramente novo. Significa - também - novas formas de fazer as coisas. Pode ser uma mudança na gestão, uma melhoria no processo de produção, um aperfeiçoamento na logística ou novos modelos de negócios. "A inovação depende, sobretudo, da criatividade e do envolvimento dos funcionários", diz Jorge Abrahão, presidente do Instituto Ethos. "Ela conecta os recursos e o conhecimento disponíveis para chegar aos avanços." A seguir, exemplos de empresas que encontraram soluções inovadoras em seus negócios.
VOTORANTIM METAIS - O PROBLEMA VIROU NEGÓCIO
Na exploração de uma mina de zinco e chumbo na unidade de Morro Agudo, no município de Paracatu, em Minas Gerais, a Votorantim Metais gerava até recentemente um resíduo perigoso, o pó calcário industrial, que precisava ser descartado em um local apropriado. Para eliminar esse resíduo, a empresa iniciou há três anos melhorias em seu processo de produção. Investiu cerca de 300?000 reais em equipamentos e em treinamento da mão de obra e conseguiu reduzir os metais tóxicos presentes no pó calcário a níveis permitidos pela legislação. Com isso, transformou o pó calcário em um produto que pode ser usado para corrigir a acidez do solo e aumentar a produtividade das lavouras. Em julho de 2010, a Votorantim atingiu a meta de zerar a geração de resíduos na mina de Morro Agudo. Além dos benefícios ambientais, a iniciativa proporcionará uma receita anual de 8 milhões de reais com a venda do calcário agrícola e uma economia de 25 milhões de reais por ano com a eliminação dos custos de manejo dos resíduos.
VALE - TELHAS E TIJOLOS FEITOS DE SOBRAS DE MINERAÇÃO
No processo de beneficiamento do minério de ferro, gera-se uma grande quantidade de lama, que é descartada como rejeito. A Vale encontrou uma solução para o uso sustentável desse material. Em Corumbá, em Mato Grosso do Sul, onde tem uma mina de manganês e outra de minério de ferro, a empresa começou a aproveitar a lama de mineração para fabricar telhas e tijolos de baixo custo para a construção civil. A tecnologia desenvolvida dispensa o uso de argila e aproveita também resíduos de construção. A Vale requereu a patente da invenção e pretende doar a lama a associações comunitárias para que produzam telhas para a construção de casas populares.
CELULOSE IRANI - VÁ AO SUPERMERCADO COM SUA PRÓPRIA EMBALAGEM
Uma embalagem de papelão retornável, feita de material reciclado e biodegradável, para substituir as sacolas plásticas. É essa a ideia de uma embalagem criada neste ano pela gaúcha Celulose Irani e que começou a ser testada em um supermercado de Joaçaba, em Santa Catarina. Produzida com aparas de papelão ondulado, a embalagem foi projetada para ser facilmente montada e desmontada pelos próprios consumidores, sem uso de cola, grampo ou fita adesiva. Com isso, os consumidores podem reutilizar a mesma embalagem inúmeras vezes. Cada embalagem de papelão ondulado pode substituir cinco sacolas plásticas tradicionais.
WHITE MARTINS - RECICLAGEM TRANSFORMA O CO2 EM GÁS DO BEM
A White Martins, empresa que fornece gases para fins industriais e medicinais, está desenvolvendo novas aplicações para o gás carbônico, um dos vilões do efeito estufa. A companhia capta o CO2 que as indústrias lançariam na atmosfera, recicla o gás e o reaproveita no processo produtivo de diversas empresas. O CO2 reciclado pode ser usado, por exemplo, no tratamento de água e efluentes, na fabricação de espumas e na lavagem de polpa da indústria de celulose. Com a tecnologia desenvolvida pela White Martins, 320 000 toneladas de gás carbônico deixaram de ser lançadas na atmosfera em 2010.
Fonte: Planeta Sustentável
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