Campanha contra Exploração Sexual Infantil
As acadêmicas/estagiárias Afonsina José de Souza e Ramizy Câmara Dias, com objetivo de expandir o Estágio em Psicologia e Processos de Prevenção e Promoção em Saúde I, sob a supervisão do professor Mestre César Gustavo Moraes Ramos, desenvolvem o estágio no CREAS- Centro de Referência Especializado de Assistência Social/Serviço de Enfrentamento ás Violências, ao Abuso e a Exploração Sexual de Palmas/TO, com as supervisoras de campo, psicólogas: Eliene Fernandes Bandeira e Muriel Corrêa Neves Rodrigues.
Sabe-se que no desenvolvimento comunitário, o profissional, pode contribuir vinculando-se organicamente ao processo até então existente e, a partir deste, desenvolver com a comunidade reflexões conjuntas sobre a realidade da área, sobre as condições de enfrentamento dos interesses e preocupações existentes, definindo conjuntamente ações de enfrentamento, desenvolvendo e avaliando-as em função de uma realidade em mudança.
Segundo o Guia de Orientações MDS e SNAS (nº1, p. 4) o Centro de Referência Especializado de Assistência Social CREAS constitui-se numa unidade pública e estatal onde se ofertam serviços especializados e continuados a indivíduos e suas famílias com direitos violados, promovendo a integração de esforços, recursos e meios para enfrentar a dispersão dos serviços e potencializar ações para os seus usuários, envolvendo um conjunto de profissionais e processos de trabalhos que devem ofertar apoio e acompanhamento individualizado especializado.
Contudo, deve articular os serviços de média complexidade e operar a referência e a contra-referência com a rede de serviços socioassistenciais da proteção social básica e especial, com as demais políticas públicas setoriais e demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos e movimentos sociais.
O CREAS de Palmas/TO possui quatro serviços distintos: Serviços de Enfrentamentos as Violências, Abusos e Exploração Sexual, Acolher para Crescer (é responsável pela busca ativa de crianças e adolescentes que estão em situação de rua, para inserí-los nos programas sociais), Medidas Sócio Educativas (é a medida aplicada pelo Estado ao adolescente que comete ato infracional (menor entre 12 e 18 anos),visa inibir a reincidência, sua finalidade é pedagógica e educativa) e PETI ? Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (visa a retirada de crianças e adolescente com idade inferior a 16 anos da prática do trabalho precoce, exceto na condição de aprendiz a partir de 14 anos) .Sendo o público alvo do CREAS crianças e adolescentes.
O CREAS- Serviço de Enfrentamento as Violência, onde as acadêmicas/estagiárias desenvolvem o estágio. Era conhecido como Sentinela, que trabalhava exclusivamente com o abuso sexual e a partir de 2006, foi substituído pelo serviço de Enfrentamento às Violências, que tem como objetivo atender, mediante um conjunto de ações definidas, às situações de risco pessoal e social por ocorrência de negligência, abandono, ameaças, maus tratos, violência física/psicológica/sexual. É uma unidade pública estatal para oferta de serviços especializados de média complexidade, oferta orientação e apoio especializado e continuado a pessoas e famílias com direitos violados.
Em presença da Campanha do Dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual de Crianças/Adolescentes (18 de maio), as acadêmicas ressaltam sobre a importância do envolvimento das redes municipais e estaduais que trabalham com crianças e adolescentes (SETAS, SMAS, CDA, SEDUC, CEDECA, SEMED) envolvidas na Campanha que estão unidas com o mesmo objetivo de envolver a comunidade palmense na proteção de seus filhos e ao mesmo tempo demonstrando a relevância do CREAS- Enfrentamento as Violências, pois, este trabalha diretamente com abuso e exploração sexual. Também, percebem a importância de divulgá-la junto ao corpo docente e discente do CEULP/ULBRA em especial o Curso de Psicologia, com objetivo de interagi-los na manifestação que será realizada na feira da 304 Sul no dia 18/05/10 das 17 as 20h.
A campanha vem contribuir com a conscientização acerca da dinâmica familiar, para o desenvolvimento de novas estratégias para lidar com conflitos na família e para fortalecer relações afetivas e capacidade de cuidar da família. Esses aspectos são importantes, pois, a violência é em sua maioria praticada pela própria família. Desse modo está contribuindo com o trabalho oferecido pelo CREAS- Enfrentamento as Violências na conscientização de proteção e denuncias de violência, abuso e exploração sexual.
De acordo com, Ximenes, Rego e Barros (2009 p.693, 694) dinâmica comunitária é considerada como construtora das ações que são desenvolvidas em equipe com participação ativamente do seu planejamento, da execução, da avaliação e do seu aprimoramento. O conhecimento obtido da realidade das famílias deve ser agregado com o planejamento do trabalho. Assim sendo o psicólogo pode contribuir para o fortalecimento das iniciativas já existentes quanto articular a criação de outras atividades comunitárias.
Referência Bibliográfica
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome ? MDS & Secretaria Nacional de Assistência Social ? SNAS. GUIA de Orientação Nº 1 Centro de Referência Especializado de Assistência Social ? CREAS, Nº 1 (1ª Versão) Brasília, DF. (p.1 a 23).
XIMENENES, Verônica Morais, PAULA, Luana Rêgo Colares & BARROS, João Paulo Pereira. Psicologia Comunitária e Política de Assistência Social: Diálogos Sobre Atuações em Comunidades. Universidade Federal de Ceará Psicologia Ciência e Profissão, 2009, 29 (4), 688-699.
Redação: Afonsina José de Souza e Ramizy Câmara Dias
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