Laboratório de Física Espacial do CEULP/ULBRA é ampliado
O Laboratório de Física Espacial do Centro Universitário Luterano de Palmas, CEULP/ULBRA, está sendo ampliado. Foi instalado, nesta semana, o telescópio (fotômetro) imageador, que possibilita captar imagens detalhadas das bolhas de plasma, localizadas na ionosfera (70 a 700 km de altitude). Este é o segundo equipamento do laboratório, que começou a ser montado em abril de 2002, em parceria com a Universidade do Vale da Paraíba (Univap).
A ionosfera é a camada mais alta da atmosfera e, por causa da sua proximidade com o sol, é a mais ionizada (possui grande quantidade de íons e elétrons). As explosões solares podem causar as bolhas (que são regiões com menor concentração de elétrons), que podem ter o diâmetro de alguns metros ou até quilômetros. Estas bolhas se movimentam na ionosfera e podem causar interferência ou degradação nos sistemas de telecomunicações (satélites, televisão, celular, GPS, rádio, entre outros) e até na aeronáutica.
O doutor em Física, professor Washington Lima, responsável pelo laboratório, explica que o equipamento possibilitará o estudo e a análise detalhada das bolhas de plasma, como a origem, formação, deslocamento e causas. O imageador possui uma lente olho de peixe, que permite a visualização espacial em um ângulo de 90º. A cobertura é de um diâmetro aproximado de 3,4 mil quilômetros. O equipamento tem oito filtros de interferência, que possibilitam a observação de alturas diferentes da ionosfera.
As informações geradas no laboratório vão compor um banco de dados, baseado também nas informações geradas nas bases do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), em São Paulo, da Univap de São José dos Campos (SP) e do Centro Universitário Luterano de Manaus (CEULM/ULBRA). ?O Tocantins é um lugar privilegiado para este tipo de observação e pesquisa, pois está alinhado magneticamente com o LNA e está bem mais próximo que Manaus do Equador Magnético?, destacou o doutor em Geofísica Espacial, José Ricardo Abalde, responsável pela instalação do equipamento. Os pesquisadores explicam que, a partir de agora, será possível acompanhar a seqüência de deslocamento de bolhas que começaram a se formar próximo ao equador. Abalde informa que a maior incidência de bolhas ocorre entre os meses de outubro e março, justamente no período de chuvas, quando a visibilidade fica bastante prejudicada.
O primeiro equipamento instalado em Palmas foi a digissonda, que possibilita a medição da altura e densidade (quantidade de carga) de elétrons por unidade de volume na ionosfera. As informações geradas pelos equipamentos são complementares. Abalde iniciou a instalação dos equipamentos em 1998, na Univap, com recursos da Fundação de Amparo a Pesquisa de São Paulo (Fapesp). Posteriormente, o trabalho foi ampliado, com a inserção de novos parceiros, como a ULBRA. ?Não queremos apenas instalar equipamentos, mas promover intercâmbio, troca de conhecimento e a formação de novos pesquisadores, não somente mestres e doutores, mas também alunos de iniciação científica?, destacou Abalde.
O laboratório possibilitará o desenvolvimento de várias pesquisas científicas. O pesquisador informa que os resultados gerados poderão ser utilizados para melhorar os sistemas de aviação, de telecomunicações e até mesmo as estratégias de defesa militar do país.
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