"Ele é muito acima da média. Um rapaz muito talentoso." A declaração do maestro da Orquestra Universitária da Ulbra, Tom Pacheco, que acompanhou a trajetória do porto-alegrense Mateus Colares de Souza, já comprova por que o musicista, de apenas 18 anos, está ampliando seus horizontes para fora do estado. Integrante da Orquestra Universitária da Ulbra, o jovem acaba de ser contratado pela Nova Orquestra de Guarulhos, a GRU Sinfônica e também pela Orquestra Jovem de Repertório de São Paulo.
Mateus começou sua trajetória em 2015, em uma escola de música de Canoas. "Estudava violino perto de casa. Lá, soube da Orquestra Universitária da Ulbra. Consegui o contato do maestro da época, o Paulo Brum, marquei uma audição e fui aprovado ainda naquele ano", lembra. Foi na Universidade que o violinista descobriu o oboé. Durante sua passagem pela Ulbra, que durou quatro anos, Mateus teve o primeiro contato com o instrumento através de um colega.
Em 2016, por incentivo desse companheiro de Orquestra, tentou a vaga para o Oboé na Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA) Jovem. "Como ele já integrava a escola, me disse que poderia me candidatar mesmo sem conhecer o instrumento. Era a melhor oportunidade que tinha. Após ser aprovado, fiquei lá por quatro anos também", comenta.
Após ingressar de vez na trajetória de Oboísta tanto na Orquestra Universitária da Ulbra quanto na OSPA Jovem, surgiu, também por acaso, a oportunidade para se destacar fora do Rio Grande do Sul. "Por sugestão de uma amiga, resolvi me inscrever para o processo seletivo da Nova Orquestra de Guarulhos, a GRU Sinfônica. Passei nas duas etapas do processo e agora sou Oboé - Chefe de Naipe do grupo", cita.
O jovem também conseguiu integrar a Orquestra Experimental de Repertório de São Paulo, recebendo bolsa dos dois grupos. Além disso, iniciou sua graduação de música na Universidade de São Paulo (USP). "Algum dia pretendo ingressar numa orquestra estrangeira e, também, estudar música fora do país", revela.
Para a nova experiência, ele conta que leva os ensinamentos que aprendeu na Orquestra da Ulbra e ressalta que os estudos eram diferenciados. "A Orquestra me ensinou muito sobre como tocar em conjunto, e não só individualmente. Nós fizemos muitos repertórios barrocos, com cantatas e oratórios, que outras orquestras normalmente não fazem", completa.
Orquestra Universitária
A Orquestra Universitária da Ulbra procura desenvolver a arte orquestral compartilhando cultura, confessionalidade e humanização através de suas ações e projetos. A participação neste projeto está aberta a alunos, funcionários, professores e comunidade em geral que estudam algum instrumento acústico.
O ingresso na Orquestra se dá através de teste de aptidão acordado com o maestro e líderes técnicos do grupo. Os ensaios regulares ocorrem nas segundas-feiras à noite, das 19h30min às 22h, na Capela Universitária.
Thierre Cósta
Estagiário de Jornalismo da Ulbra Canoas