O modo como a Universidade Luterana do Brasil tem trabalhado o tema Curricularização da Extensão tem atraído outras instituições de ensino superior até o campus Canoas, para conhecer de perto o novo sistema e como ele vem sendo desenvolvido junto à comunidade acadêmica.
A diretora de Assuntos Comunitários da Ulbra, Simone Imperatore Brum, é a responsável por receber os visitantes e apresentar o modelo de trabalho incorporado aos cursos de graduação, estratégia que é fruto de quase uma década de pesquisas, resgate de informações e entrelaçamento de dados.
No primeiro encontro, realizado em 14 de maio, representantes da Universidade Feevale e PUC, conheceram mais de perto o processo de Reestruturação Pedagógica que vem sendo implantado pela Ulbra em seus campi da Região Sul e na educação a distância, bem como sua forma de trabalho junto ao cadastro do Programa de Extensão Interdisciplinar (PEI).
A estrutura da Coordenação de Extensão no campus Canoas, unidade que possui maior número de projetos extensionistas devido à maior oferta de cursos e o formato de trabalho seguido nas demais unidades, também esteve entre os tópicos abordados pela diretora. Os visitantes, por sua vez, falaram dos processos e demandas na área em suas instituições de ensino, experiências, cases e a expectativa de atender o Plano Nacional de Educação.
Numa breve conciliação de agendas, o Pró-reitor acadêmico, Pedro Antonio González Hernández, salientou aos presentes que "a Ulbra está de portas abertas para recebê-los sempre que for necessário para conversar sobre o modelo que vem sendo trabalhado internamente".
Um novo encontro para tratar desta experiência está previsto para o dia 29 de maio, onde, além da PUC e Feevale, participam Unesc e Unimar, para também discutir sobre a construção desta trajetória.
O processo
A Curricularização da Extensão da Ulbra teve início em outubro de 2010 com dois períodos distintos. O primeiro deles seguiu as etapas de historização, territorialização, ressignificação, institucionalização de programas, sistematização e articulação.
A caminhada empreendida culminou na delimitação da Política de Extensão orientada por objetivos comunitários alinhados ao diagnóstico locorregional e às políticas públicas, bem como por objetivos acadêmicos delineados a partir do perfil profissiográfico dos respectivos cursos.
As informações obtidas serviram de alicerces para o segundo momento do processo, composto pelas fases de rediscussão da concepção de extensão, definição de diretrizes, concertação de uma reflexão objetiva acerca da Lei 13.005/2014, mapeamento dos principais entraves, delimitação de linhas de extensão, prospecção de trajetórias possíveis de curricularização, proposição da normatização e ajustes no Sisdex para contemplar as especificidades dos Programas de Extensão Interdisciplinares (PEIs).
Curricularização na prática
A extensão universitária segue como um espaço de aprendizagem e de criação de conhecimento, onde alunos, orientados por professores, em contextos reais, ou seja, na comunidade, constroem, interagem e teorizam sobre a sua própria prática. A grande diferença é que, com o processo de Reestruturação Pedagógica, ela passa a integrar os currículos de todos os cursos de graduação da Universidade.
Na formação profissional e cidadã, os alunos irão aprender no contexto sócio-histórico e no mercado de trabalho, conhecendo a totalidade da atuação profissional, fatores que compõem o grande ganho desta proposta inovadora de educação para a comunidade acadêmica.
Acesse o site Ulbra Muda com Você e confira as mudanças que fazem parte da nova filosofia da Universidade.
Andréia Pires
Jornalista - MTb.: 17.976