Rede de Escolas
Jogos Luteranos promovem integração entre os alunos
Mais de 500 alunos estão alojados no campus Canoas
A movimentação pelo campus da ULBRA Canoas não é muito diferente da agitação dentro das quadras. A corrida dos alunos para fazer amigos e conhecer gente nova é intensa, principalmente nos alojamentos reservados para atletas de outras cidades.
A delegação que veio do Centro Educacional Concórdia, de Santa Rosa, é um exemplo. O alojamento fica próximo dos ginásios, as meninas ficam separadas dos meninos, mas nem por isso a integração deixa de acontecer. Tainá Fogaça, jogadora de Futsal, troca experiências do esporte com a colega Marina Kupke, jogadora de Basquete, que também fala um pouco da sua modalidade.
As outras atletas de Santa Rosa arrumam o quarto, e afirmam que não há como manter uma organização. "É um entra e sai de meninas e é bem difícil manter a ordem, o máximo que a gente faz é arrumar a cama", destaca Kupke.
No alojamento masculino da delegação do Colégio Concórdia Romang, de Santa Fé, na Argentina, as coisas funcionam de forma diferente. Os meninos ficam acompanhados de um professor e um ajudante e cada um é responsável pelo seu espaço. "Somos muitos e temos que nos organizar para que a convivência nesses quatro dias não gere conflitos" ressalta o professor Hugo Sager, um dos responsáveis.
A equipe argentina possui vários adultos no controle da garotada. Mesmo não sendo vitoriosos nos jogos, depois de cumprir as obrigações referentes à arrumação do alojamento, os atletas podem sair e caminhar pelo campus. Todos estavam eufóricos para ir aos ginásios assistirem os demais jogos.
Hugo Sager ainda salienta que o controle dos atletas é rigoroso. Junto com ele vieram para Canoas mais um adulto ajudante e um pai. Para cuidar das meninas, cinco professoras, e das crianças que disputam as modalidades da categoria Mirim, cinco mães estavam no comando. Ao contrário do que se imagina, os alunos estavam muito felizes em ter a companhia dos responsáveis.
A professora do Colégio ULBRA Cristo Redentor, de Canoas, Caroline Niekraszewics diz que nunca houve problemas com os alunos porque, apesar de estarem na mesma cidade dos jogos, a responsabilidade é da mesma forma enorme. "Cada professor é responsável pela sua equipe, então eles sabem que sempre tem alguém por perto de olho neles", afirma.
Mesmo com um controle rigoroso sobre os jovens, eles aproveitam todos os tempos livres, entre um jogo e outro, muitos arriscam até aprender um novo idioma. É o caso de Valentina Curbela, de 13 anos, que estuda no Colegio y Liceo San Pablo, de Montevideo (URU), que tenta puxar conversa com os estudantes das Escolas São Marcos, de Canoas, e São Lucas, de Sapucaia do Sul.
Hoje, ainda é cedo para dizer qual escola será a grande campeã, mas o objetivo dos jogos luteranos já foi alcançado, que é promover a integração dos alunos, independentes de serem do Brasil, do Uruguai ou da Argentina.
Matéria produzida por Cibele Avendano, integrante da AGEX - Agência Experimental de Comunicação, com revisão da ACS/Imprensa.
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