PARCERIA SOLIDÁRIA
Casas para desabrigados das cheias serão construídas na Ulbra Canoas
Modelos das habitações foram apresentados ao público no sábado
A união de forças é exemplo de como é possível transformar realidades, levando esperança e dignidade às famílias afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. O modelo da casa que será entregue aos gaúchos que ficaram sem lares foi apresentado no sábado à tarde (3/8). Inicialmente, serão construídas 500 habitações em uma fábrica instalada no campus da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) em Canoas. Também foi lançada campanha para sociedade civil, em parceria com Vakinha, para auxiliar na reconstrução do Estado. As primeiras 50 casas serão instaladas na cidade de Muçum.
As solenidades de lançamento das casas-modelo ocorreram simultaneamente na Leroy Merlin em São Leopoldo e na loja da Marginal Tietê, em São Paulo, onde protótipos estão exibidos ao público. Esta ação é uma parceria entre Ulbra, ONG Movimento União BR, SteelCorpe e Instituto Leroy Merlin. Envolve também a iniciativa privada, a sociedade civil, além do poder público. O projeto visa atender as pessoas desalojadas nas enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul em maio -- no total, foram mais de meio milhão de pessoas, conforme dados recentes da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social.
Duas solenidades
Em São Paulo, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, esteve presente ao lado do CEO da SteelCorp, Roberto Justus, e de representantes do Movimento União BR e das empresas parceiras. Já na unidade de São Leopoldo, o secretário estadual de Habitação e Regularização Fundiária do RS, Carlos Gomes, acompanhou a cerimônia, juntamente com representantes da Ulbra, entre eles o diretor vice-presidente Antônio Carlos Romanoski, o superintendente Comercial Jackson Trindade, o superintendente de Comunicação e Marketing da Aelbra, Daniel Pereira Cardoso de Brum, e o reitor Thomas Heimann.
O diretor vice-presidente Romanoski elogiou o envolvimento de todos os parceiros no projeto da casa-modelo. Segundo ele, é extremamente gratificante ver uma ação tão importante, que visa ajudar pessoas que perderam seus lares devido às enchentes no Estado. Acrescenta que a iniciativa é louvável e demonstra o comprometimento da Ulbra, junto com os demais, em ajudar a comunidade. O diretor enfatiza que as casas não apenas fornecerão um abrigo seguro e confortável para aqueles afetados pelas enchentes, mas também trarão esperança e uma oportunidade de recomeço. Romanoski diz que a possibilidade de o público conferir em primeira mão o protótipo das casas é uma excelente maneira de demonstrar transparência e confiança no projeto. Isso também permite que as pessoas tenham uma visão real do trabalho e se sintam parte do processo de reconstrução.
Como surgiu a ideia
A ideia da construção das casas surgiu na Ulbra. "Liguei para o Roberto Justus, logo que aconteceu a calamidade climática no Rio Grande do Sul, e conversamos se ele teria interesse em uma parceria com a Ulbra para a reconstrução do nosso Estado", explica Jackson Trindade. Diante da resposta positiva, o diretor-presidente da Aelbra, mantenedora da Ulbra, Carlos Melke, Romanoski e Trindade foram a São Paulo acertar os detalhes. "Justus conectou novos parceiros e tornou grandiosa esta ação", conta. "A importância deste projeto é imensurável. Vamos beneficiar 500 famílias com casas populares, e outras iniciativas poderão surgir. A Ulbra é a protagonista de tudo isso", enfatiza o superintendente.
Serão entregues 500 casas, com custo de R$ 110 mil cada uma e elas terão cerca de 44 m2 e dois dormitórios. A construção será feita pela empresa SteelCorp, por meio da técnica de "light steel frame". A empresa irá instalar a fábrica temporária no campus da Ulbra Canoas, justamente para acelerar o acabamento. A Universidade acolheu 7,8 mil pessoas em maio, transformando-se no maior abrigo do RS. Além disso, o Instituto Mulheres em Construção vai capacitar a mão de obra que vai trabalhar na fábrica instalada na Ulbra, com o objetivo do Movimento União BR em deixar um legado de capacitação e renda para a população local.
Definição das famílias
O governo do Rio Grande do Sul, alinhado com as prefeituras, irá validar a escolha e doação dos terrenos onde serão levantadas as novas residências. Caberá também ao poder público municipal indicar as famílias beneficiadas, que serão definidas pelos municípios, a partir de cadastros de necessidades coordenados pela assistência social local.
"As parcerias com a iniciativa privada são fundamentais em todas as frentes, e não seria diferente em uma das mais delicadas, a questão da moradia, que exige resposta rápida por se tratar de um tema ligado à dignidade das pessoas. O fato de o projeto também proporcionar renda às famílias atingidas assegura uma possibilidade de retorno à normalidade por meio do trabalho e da remuneração, para que a população retome um pouco da autoestima abalada pela tragédia", afirma Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul.
A CONSTRUÇÃO
* A técnica de construção escolhida é o Light Steel Frame, na qual o Grupo SteelCorp é especializado no Brasil.
* Ela utiliza estrutura de aço galvanizado em vez de tijolos e concreto, garantindo um processo 100% em conformidade com as práticas de ESG (Ambiental, Social e Governança), sem resíduos e sem umidade ou mofo.
* As unidades habitacionais, que serão 100% doadas, possuem um custo estimado de R$ 110 mil cada.
* O valor para fabricação das casas foi alcançado com ajuda de diversas empresas que se mobilizaram e se comprometeram com a doação de insumos necessários para a construção das mesmas.
Plataforma de doações
Outra novidade anunciada pelo Movimento União BR é a parceria com o Vakinha, plataforma de doações que está desempenhando papel fundamental de apoio às vítimas da crise humanitária. Juntas, as instituições vão captar novos recursos que terão como destino a construção de casas para as famílias que hoje vivem em situação de vulnerabilidade. "Sabemos da força do Vakinha, que é de Porto Alegre e tem propósito legítimo nesta causa, e estamos muito entusiasmados com esta união. Temos a convicção que nossa contribuição será muito significativa para reconstruir o Rio Grande do Sul", declara Tatiana Monteiro de Barros, fundadora do Movimento União BR.
União dos parceiros
Na solenidade em São Paulo, Tatiana destacou que o trabalho da entidade é sempre focado em deixar um legado. "Já estávamos atuando no Estado, desde setembro de 2023, entregando casas e escolas e continuamos auxiliando com as novas enchentes. Além da ajuda emergencial, nosso foco é continuar atuando até entregar o máximo possível, para que as pessoas voltem a ter uma vida normal, por isso a importância de ter uma ajuda contínua com o objetivo de deixar um legado", analisa Tatiana.
Roberto Justus, CEO da SteelCorp, reforça a importância de ajudar neste momento. "Todos fomos afetados por esta crise sem precedentes no Rio Grande do Sul e saber que podemos mudar a realidade da população atingida pelas chuvas nos motivou demais e não medimos nossos esforços para ajudar a transformar de maneira significativa a vida das pessoas. Neste projeto estamos trabalhando com construção industrializada e com nosso método de entrega conseguimos ajudar com mais agilidade esse processo de reconstrução. É isso que nos fortalece em poder participar de um projeto tão especial quanto esse capitaneado pelo Movimento União BR", detalha o executivo em São Paulo.
Ignacio Sanchez, CEO da Leroy Merlin, celebra a parceria com a iniciativa e destaca que, além de ceder o espaço, também vai doar as esquadrias para compor as casas, intermediou doações das cerâmicas e está responsável pelo transporte desses revestimentos. Além disso, o executivo observa a importância de receber nas lojas o protótipo que vai envolver o público.
"A Leroy Merlin tem como missão ajudar todos a melhorarem os seus lares, e por ser um varejo de melhoria e soluções completas para a casa, temos o compromisso de contribuir com a sociedade gaúcha, onde fazemos parte há 15 anos, na busca incansável por ajuda nesse momento de reconstrução do Estado."
"O Instituto Leroy Merlin Obramax tem duas grandes frentes de atuação: educação e profissionalização, e o desenvolvimento de habitações mais saudáveis, dignas e positivas. É nosso dever estar presente nesses momentos de emergência e também participar ativamente da reconstrução e no desenvolvimento do local onde atuamos, contribuindo de maneira significativa, entregando ações que gerem impacto para todos", afirma Michael Reins, CEO do Instituto Leroy Merlin Obramax.
Marcelo Miranda
Assessoria de Comunicação Ulbra
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