ULBRA presta esclarecimentos em coletiva de imprensa
Representantes falaram sobre o caso Hospital Veterinário
Frente à repercussão recente das práticas antiéticas relacionadas a ex-funcionários e ex-docentes da ULBRA, ocorridas no Hospital Veterinário, no ano de 2008, a Universidade promoveu uma coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira, 20.11. Estavam presentes o diretor do campus Canoas, Erivaldo Diniz de Brito; o diretor jurídico, Jonas Dietrich; o advogado Ricardo Medeiros Sventnickas; a diretora do Hospital Veterinário, Cristina Záfari Grecelles, e a coordenadora do curso de Medicina Veterinária, Cristine Dossin Bastos Fischer, para prestar esclarecimentos.
Jonas informou que, tão logo teve conhecimento de tais fatos, a nova gestão da Universidade tomou as providências cabíveis que incluíram a comunicação aos órgãos competentes, como o Ministério Público do Rio Grande do Sul e o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul, onde os procedimentos estão tramitando de forma sigilosa.
A morte dos animais pelos funcionários já desligados da Instituição, supostamente ordenados por professoras também já afastadas, não condiz com as práticas da ULBRA. "Constatamos que foi uma atitude individual. Não foi de responsabilidade da Universidade, do Hospital Veterinário, dos professores e muito menos dos alunos", relatou Jonas. Atualmente, os cães abandonados que são encaminhados ao Hospital são catalogados, tratados e disponibilizados ao programa de doação mantido pela ULBRA.
Em recente diligência determinada pelo Ministério Público nas dependências da Universidade, foram localizados novas carcaças de animais, o que causou estranheza aos gestores do Hospital Veterinário e ao setor Jurídico da Instituição. O fato foi comunicado pela ULBRA à Polícia Civil, na manhã desta terça-feira, 20.11, e o local já foi periciado no início da tarde.
Segundo o advogado Ricardo Sventnickas, estes animais mortos não foram encontrados no local, em verificação anterior, e, pelas características, morreram há cerca de 15 dias. "Este fato não tem relação com procedimentos da Universidade, e há suspeita de que tenham sido deixados lá por terceiros", disse Ricardo.
Ainda durante a coletiva, foi apresentada uma gravação realizada no mês de junho de 2012. O material registra a conversa em que uma pessoa, se dizendo um envolvido no caso, pressiona a Universidade a firmar um acordo, dentro de ação trabalhista encaminhada por ex-funcionário demitido. O interlocutor cita que possui supostas provas dos fatos ocorridos no Hospital Veterinário, e que se não obtivesse o acordo, as divulgaria na imprensa. Jonas Dietrich informou que, logo após ocorrer esta gravação, cartazes com fotos de animais mortos e mensagens de ameaça foram encontrados nos banheiros utilizados pelos alunos na Universidade. Segundo Jonas, isso caracteriza chantagem, com tentativa de extorsão. Este fato também foi comunicado pela ULBRA à Polícia Civil.
Após os esclarecimentos na coletiva, os jornalistas presentes foram acompanhados pelo prefeito do campus Canoas, Giovanni Mullenmester Serrano, ao local onde os restos mortais recentes foram descartados.
ESCLARECIMENTOS SOBRE O DESCARTE DE ANIMAIS
O descarte de animais mortos no Hospital Veterinário da ULBRA é feito através da empresa terceirizada Aborgama do Brasil, contratada pelo campus Canoas para a destinação de resíduos orgânicos. Os materiais do Hospital Veterinário são recolhidos pela empresa, para os fins corretos. Segundo a diretora do Hospital Veterinário, Cristina Záfari Grecelle, a empresa busca os materiais no local três vezes por semana, ou quando necessário, se há acúmulo. "Enquanto a empresa não os recolhe, os animais mortos ficam acomodados em biombos na câmara fria do Hospital. Não existe contato com meio ambiente", esclarece. Esse procedimento está de acordo com as regras da Vigilância Sanitária. A diretora também informa que o Hospital não realiza a prática da eutanásia.
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