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Ministra do STF discutirá igualdade de gênero na live da Ulbra
Aula Magistral é promovida pelo curso de Direito da Ulbra São Jerônimo
Na próxima segunda-feira, 26, o curso de Direito da Ulbra São Jerônimo, em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) - subseção São Jerônimo -, promove a Aula Magistral com o tema igualdade de gênero. A convidada para a live é a Ministra do Superior Tribunal Federal (STF), Draª Carmen Lúcia. A transmissão inicia às 19h e as inscrições gratuitas podem ser feitas pelo site ulbra.br/live. A escolha da temática, de acordo com a coordenadora do curso, Alessandra Misuta de Brito, visa chamar atenção para os valores enraizados na cultura ocidental que ainda colocam o homem em uma condição mais favorecida em relação às mulheres.
"É importante que não saia da vista das pessoas a diferença de tratamento que existe nas relações de trabalho, nos cargos de chefia e nas questões de convivência entre homens e mulheres. Por vezes, estes pensamentos são tão naturalizados, que as pessoas nem percebem os tratamentos desiguais", destaca Alessandra.
Apesar dos avanços conquistados pelas mulheres, o debate sobre igualdade de gênero também é bastante pertinente no Poder Judiciário. Há uma grande disparidade de representação feminina no preenchimento das vagas nos tribunais. No STF, instância máxima da justiça no país, as mulheres foram representadas somente no início dos anos 2000, com a nomeação da magistrada Ellen Gracie.
Para o professor de Direito da Ulbra e presidente da OAB em São Jerônimo, Endrigo Durgante Biscaino Nunes, o tema carece de uma profunda reflexão. "É preciso que se chegue à uma equidade de gêneros, e que esse seja um processo natural. Cada vez mais, essa equidade deve ser vista em todos os espaços da sociedade", opina.
Palestrante
Primeira mulher a presidir um processo eleitoral no país e segunda a integrar o Supremo, a Ministra Carmen Lúcia sempre se posicionou contra a desigualdade de gênero. Em 2007, um ano após a sua posse, ela quebrou uma tradição estabelecida pelo regimento da Suprema Corte ao fazer uso de calça comprida no plenário. Até o ano de 2000, mulheres eram proibidas de usarem esse tipo de vestimenta durante as sessões. "A ministra tem uma caminhada de conquistar espaços que podem servir como exemplo para mulheres, não só nas carreiras jurídicas, mas nos postos de poder", completou Alessandra.
Helena Lahude Costa Franco, professora de Direito da Ulbra, destaca a importância da representação exercida pela ministra Carmen Lúcia. "Uma mulher no STF é importante pois representa a ocupação de espaços de protagonismo e poder. Ainda hoje, mesmo as mulheres sendo a maioria em número no campo jurídico, isso não se reflete na ocupação de cargos de liderança e são nestes espaços que a mulher detém maior possibilidade de mudar a realidade atual e servir de exemplo às futuras gerações."
Dorley Dorneles
Estudante de Jornalismo da Ulbra Canoas
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