ULBRA Gravataí
A Gravataí que temos, a Gravataí que queremos
Debate mobilizou especialistas na Semana do Meio Ambiente
![](https://www.ulbra.br/upload/6492e721cd81a70e77fff73d43150c4d.jpg)
A ULBRA Gravataí recebeu na sexta-feira (06.06), no auditório, o debate “Saneamento Ambiental - Gravataí que temos, Gravataí que queremos”. Organizado pela Fundação Municipal de Meio Ambiente (FMMA), com o apoio do Conselho Municipal do Meio Ambiente, o evento fez parte da Semana do Meio Ambiente e teve o objetivo de discutir os principais itens do Plano Municipal de Saneamento Básico de Gravataí: abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem pluvial e resíduos sólidos.
A atividade teve início com a presidente da Fundação do Meio Ambiente (FMMA), Claudia Costa, que destacou a importância de realizar o debate em uma universidade. “A discussão do Plano se baseia nas demandas a serem atendidas por todos os segmentos da sociedade, por isso é essencial a participação acadêmica”, comentou.
Em seguida, o diretor técnico da FMMA, Jackson Muller, que fez a mediação da mesa redonda, apresentou o primeiro convidado da noite, o secretário executivo do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí, Maurício Colombo. Atuando há dez anos na área, Colombo falou sobre as ações do comitê no processo de planejamento da Bacia do Rio Gravataí. “Precisamos proporcionar conhecimento, valores, habilidades e experiências que provoquem mudanças de atitudes, com vistas a possibilitar que a sociedade aja individual e coletivamente na solução dos problemas relativos aos recursos hídricos”, explicou.
Engenheiro da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, Jairo Cardoso apresentou o Plano Municipal de Saneamento Básico, que abrange o conjunto de diretrizes, metas, estratégias e programa de investimentos para o desenvolvimento dos sistemas e da prestação dos serviços. “Com a evolução demográfica do município, que em 40 anos aumentou cinco vezes, surgiram questões que precisam ser planejadas, como a drenagem pluvial urbana e a destinação dos resíduos sólidos”, salientou. De acordo com Cardoso, Gravataí possui 84 pontos críticos de alagamento e, com o fim das atividades do Aterro Sanitário Santa Tecla, o município tem um incremento de 44% no valor de coleta e transporte para descartar o lixo na Central de Resíduos, em Minas do Leão, distante 109 km de Gravataí.
O superintendente Regional da CORSAN, Alexandre Andriola, e o coordenador técnico metropolitano de efluentes, Eduardo Mauer, foram os próximos convidados da noite. Trabalhando há 20 anos na companhia, Andriola apresentou as metas da CORSAN para os próximos anos. Entre elas, a concretização das ligações de esgoto nos centros urbanos, a regularização da situação em áreas ocupadas e a continuidade das obras de esgotamento sanitário. Mauer apresentou as tecnologias utilizadas para gerenciamento do lodo das Estações de Tratamento de Esgoto e o uso de resíduos como fonte alternativa na indústria cerâmica e na agricultura.
Com 18 anos de Ministério Público, o promotor de Justiça Daniel Martini chamou a atenção para o uso indiscriminado dos recursos naturais e a responsabilidade de todos os setores da sociedade na sua preservação. “O meio ambiente pertence a todos e não pertence a ninguém. Muitos o exploram, mas ninguém quer se responsabilizar por ele”, ressaltou. Conhecido pela intensa atuação nas questões ambientais, Martini denunciou, ainda, a situação do Rio Grande do Sul e de Gravataí em cada um dos itens do Plano Municipal de Saneamento Básico. “Vivemos em um Estado que é o 18º em saneamento básico, 60% da água captada e tratada pela CORSAN se perde durante a distribuição, o aterro sanitário recicla somente 3% dos resíduos e o Rio Gravataí é um dos cinco mais poluídos do Brasil”, denunciou.
Questionados sobre ‘a Gravataí que queremos’ do tema do debate, os integrantes da mesa foram categóricos em destacar a educação como fator primordial para a mudança de cultura. “É necessário um resgate da conscientização das pessoas”, apontou Maurício Colombo. “Medidas pontuais não resolvem, é preciso uma mudança de postura geral”, destacou Jairo Cardoso. “Está na hora da sociedade civil se responsabilizar por determinadas ações e monitorar o Estado”, salientou Daniel Martini.
Participaram da atividade o prefeito do campus ULBRA Gravataí, João Carlos Jesus, a coordenadora de Extensão, Maria Janine Dalpiaz, o secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano, Cláudio dos Santos, guardas do Grupamento Ambiental de Gravataí, alunos e comunidade.
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