Diante dos desafios impostos pela pandemia do novo coronavírus, as instituições de ensino passaram a migrar atividades do ensino presencial para os ambientes virtuais. Identificando a necessidade de um estudo que avalie a percepção dos professores e dos alunos envolvidos nesse processo, um grupo de professoras da Ulbra decidiu realizar uma pesquisa que abarque as percepções dos principais afetados por essa mudança abrupta no processo de aprendizagem acadêmica.
O grupo de pesquisa formado pela gerente de Educação Continuada e Inovação da Aelbra, Simone Imperatore, e as professoras Cristine Santos de Souza da Silva, Myrian C. Brew e Arlete Beatriz Becker Ritt, é responsável por coletar os dados enviados por docentes e discentes da Universidade. O estudo visa coletar e analisar as respostas de no mínimo 255 professores e 376 alunos. A assessoria estatística está a cargo da professora Simone Echeveste, que possui expertise na área.
Simone Imperatore destaca que a amostragem precisa ser expressiva, levando em conta que a Ulbra possui cerca de 20 mil alunos e mais de 750 professores no Rio Grande do Sul. O estudo terá margem de erro de 5% e um nível de confiança de 95%, podendo ser um importante termômetro para as políticas educacionais da Universidade nas unidades do estado. "Nosso principal objetivo é constituir um canal de escuta da comunidade acadêmica (docentes e discentes) acerca do processo de migração para a presencialidade remota", frisa a gerente. O projeto passou por avaliação e foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa por Seres Humanos da instituição.
Principais pontos abordados no questionário
Para a formulação das perguntas que seriam realizadas aos participantes da pesquisa, o grupo se baseou nos vários processos de adaptação de alunos e professores, bem como no impacto direto que o isolamento social trouxe às metodologias de aprendizagem e às formas de avaliação. "Queremos avaliar como a comunidade acadêmica percebe as metodologias, as ferramentas, o processo avaliativo, o vínculo entre docente e discente", explica Simone Imperatore.
Para os alunos, o questionário busca perceber sua experiência de aprendizagem remota durante o período de isolamento social (hábitos de estudo, vínculo com os professores e colegas, processo avaliativo, etc). Já para os docentes, o foco é avaliar a experiência pedagógica na migração das aulas presenciais para a presencialidade remota, no que se refere à qualificação e motivação, suporte institucional, entre outras questões.
Leonardo Magnus
Jornalista Mtb 19305/RS