Frente à pandemia do novo Coronavírus, a desigualdade social brasileira tem saltado aos olhos e preocupado os setores sociais. A precariedade no saneamento básico e dificuldade de acesso a uma saúde de qualidade tornaram as comunidades carentes possíveis focos de contaminação nas grandes cidades. A segurança no acesso aos serviços essenciais é fortalecida, neste momento, pelo papel da assistência social.
Segundo a coordenadora do curso de Serviço Social da Ulbra, Daniela Ortácio, este segmento público desempenha a função de identificar as necessidades dos sujeitos que se apresentam no cotidiano e buscar entendê-los como manifestação da questão social vigente. "Realizamos, através de atendimentos, encaminhamentos e articulações de rede, uma mobilização de recursos e de garantia do acesso aos direitos essenciais com o objetivo de modificar realidades não favorecidas."
Conforme o artigo 3º do Código de Ética Profissional do Assistente Social, é dever participar de programas de socorro à população em situação de calamidade pública no atendimento e defesa de seus interesses e necessidades. A docente ainda destaca que, de acordo com a legislação, também compete ao profissional encaminhar providências e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à população em geral.
Atuando na linha de frente da COVID-19, garantindo o acesso integral aos programas governamentais e Sistema Único de Saúde (SUS), os profissionais de Serviço Social estão inseridos em políticas sociais para a superação das necessidades geradas, ou aprofundadas, por este momento de pandemia. De acordo com Daniela, a ação destes deve seguir na esfera da proteção e defesa dos direitos sociais. "Devemos garantir o acesso da população aos serviços de saúde, assistência e previdência social em benefícios eventuais e auxílios emergenciais que permitam o atendimento das necessidades essenciais da população empobrecida."
Emily Ebert
Estagiária de Jornalismo da Ulbra Canoas