Movimentando grandes ideias, a Maratona Ideathon entra em mais uma fase de seu desenvolvimento. Depois de emergirem propostas criativas e, juntos, formarem grupos de interessados na sua viabilidade, os competidores embarcam na semana de modelagem.
Segundo o diretor de Inovação da UlbraTech, Márcio Machado, na semana anterior os participantes passaram por uma das fases mais importantes da competição: mapear o problema que inspirou a ideia escolhida e refinar a solução para este desafio. "Durante esta semana, deverá ser criado um modelo de negócio para implementar a ideia, a fim de deixá-la escalável e sustentável", afirma Machado.
Confira algumas ideias que ingressaram na fase de modelagem
Uma das plataformas de encontro mais utilizadas no mundo, o Tinder, ganhou, aos olhos da competidora Daiana Hittel, uma nova funcionalidade. Pensando em estreitar os laços entre empresas e possíveis estagiários, a participante propôs a criação de um aplicativo que daria "matchs" entre interessados e as vagas de estágio a partir do cadastro das empresas e dos currículos. "Em um momento de transição da economia como este que passamos, devido à pandemia, seria um meio econômico de procurar estratégias gratuitas além de oportunizar o desenvolvimento de acadêmicos".
Ainda na área tecnológica, o competidor Dorval Thomaz trouxe uma questão importante na sua ideia: monitoramento remoto de pacientes infectados pela COVID-19. Sensibilizado com o número de óbitos entre profissionais da saúde, Thomaz propõe a construção de uma multiplataforma que reuniria dados de pacientes, submetendo-os a análises e diagnósticos de inteligência artificial, para que os médicos possam tomar decisões mais assertivas em relação ao indivíduo contaminado. Na sua concepção, o paciente também poderia acompanhar seu quadro clínico através do smartphone.
A preocupação com os animais abandonados frente à pandemia
Em decorrência do isolamento social, animais abandonados da rua têm sofrido com a falta de alimentos, água e cuidados essenciais, como atenção e carinho. Este cenário foi identificado, também, pelo participante da Ideathon, André Stenzoski, que idealizou a união entre gestão de marketing e mobilização em rede para auxiliar esses animais. Partindo de uma convocação da sociedade para, de forma voluntária, ajudar os cães e gatos de rua, André acredita que pode difundir e expandir essa ideia.
"Minha ideia veio por meio de ações que eu e minha família estamos fazendo agora em tempos de COVID-19. Nós ajudamos os cachorros e gatos de rua que estão sofrendo agora com a pandemia. É uma ideia e ação simples, mas que pode mover o mundo", apontou Stenzoski em sua justificativa.
A importância da educação inclusiva
A educação inclusiva tem sido pauta recorrente no âmbito da aprendizagem e, desde 2002, com a oficialização da Língua Brasileira de Sinais no ensino de surdos, tivemos um ganho enorme neste cenário. Apontando um contexto em que, muitas vezes, o material didático em Libras é escasso, a competidora Juliane Nunes propôs a criação de um aplicativo de vídeo aulas, ministrado por professores com experiência na educação de surdos.
Em sua justificativa, Juliane aponta para uma diversidade de professores para cada região do país, observando as variações linguísticas e expressões características existentes. "Ensinar surdos não é apenas adaptar um conteúdo ou colocar um intérprete a sinalizar no canto da tela, precisa-se de recursos e entender como funciona o aprendizado desses sujeitos. A ideia é ter pessoas qualificadas para fazer um material direcionado para educação de surdos, que observe sua cultura, língua e, principalmente, que seja de uso autônomo
Emily Ebert
Estagiária de Jornalismo da Ulbra Canoas