As mãos nunca ganharam tanta atenção como agora, em meio à pandemia do novo coronavírus. A indicação de não levá-las ao rosto tem sido uma missão que não parecia tão complicada até virar uma obrigação. Para evitar a contaminação com o vírus, o álcool em gel virou um poderoso aliado, mas água e sabão também devem estar muito presentes na rotina de higienização.
A professora de Química da Ulbra, Dione Corrêa, explicou a ação do álcool e da água e sabão e suas indicações. De acordo com ela, os dois cumprem bem o seu papel, quando o assunto é remover a contaminação. "A ideia é fazer a limpeza e não levar o vírus para a boca, nariz, olhos... Se ambos forem bem utilizados, atingimos esse objetivo", destacou.
No entanto, a professora lembra que o álcool em gel traz um cuidado a mais no que diz respeito à sua concentração. "Um produto com 46% de concentração de álcool, por exemplo, possui uma dose muito baixa para remover os microorganismos, germes e o vírus. O de 70% é o mais indicado porque sua dosagem responde melhor ao objetivo, sem que irrite ou cause danos à pele da pessoa", explicou.
A docente ressalta que é fundamental escolher o álcool em gel com a concentração certa. Nem mais, nem menos. "Uma dosagem acima de 70% pode causar danos dermatológicos, ressecamento e até mesmo uma queimadura, caso a pessoa tenha uma pele mais sensível", observou. Ela também lembrou que, assim como fármacos, produtos de limpeza, loções e cremes, a dosagem pode ser prejudicial à saúde.
E então, qual é a melhor forma de higienizar as mãos?
A professora não tem dúvidas: água e sabão. "Cumpre melhor essa tarefa. Você lava, esfrega bem entre os dedos e punhos, e acaba removendo", garante. Com a água que corre depois, as impurezas vão pelo ralo e, por isso, acaba sendo mais eficiente que o álcool em gel.
Leonardo Magnus
Jornalista Mtb 19305/RS