Cidadania
Universidade e comunidade refletem sobre habilitação e Reabilitação
3ª Semana Ulbra da Pessoa Com Deficiência
Durante os dias 24 e 31 de agosto, todas as unidades da Universidade Luterana do Brasil desenvolveram atividades relacionadas à cidadania e direitos humanos. Acadêmicos, docentes, colaboradores e gestores da instituição de ensino desafiaram e motivaram a comunidade a refletir, durante a 3ª Semana Ulbra da Pessoa Com Deficiência, sobre uma sociedade com uma nova maneira de agir e se colocar diante dos indivíduos com deficiências físicas e intelectuais.
As reflexões propostas pelo campus Carazinho, envolveram ações em diferentes locais e cursos ao longo da semana. O curso de Educação Física pré-lançou a campanha, no dia 22 de agosto, com o Cinefórum de Inclusão, coordenado pela docente e coordenadora do curso, Patrícia Carlesso Marcelino, que debateu o filme "Os Intocáveis", de produção francesa, baseado em fatos reais. A atividade proporcionou aos acadêmicos refletir sobre paradigmas e preconceitos instituídos na sociedade contemporânea.
O Curso Superior em Estética e Cosmética realizou na tarde do dia 23 de agosto, atendimento especial aos integrantes da Associação Carazinhense de e para Deficientes Visuais-ACADEV, no laboratório do curso no campus da universidade. Também foi realizada oficina de Maquiagem Artística em atendimento especial realizado a crianças e adolescentes da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais-APAE. As atividades proporcionaram momentos de alegria, diversão e troca de experiências entre acadêmicos e comunidade.
O Curso de Arquitetura e Urbanismo trabalhou, nos dias 25 e 30 agosto, a sensibilização através da Palestra "Acessibilidade em Edifícios Comerciais e Residenciais" ministrada pela docente e coordenadora do curso Karina da Costa, e a "Acessibilidade em Atividades Institucionais com Foco em Instituições de Ensino", coordenada pela docente Lucia Rita Piva que oportunizou aos acadêmicos a utilização de muleta e cadeira de rodas para que pudessem locomover-se pela unidade, sentindo de forma efetiva as dificuldades de acesso enfrentadas por uma pessoa com necessidades especiais para se locomover.
Os acadêmicos da modalidade EAD, do polo Carazinho participaram, no dia 25 de agosto, da Mesa Redonda: "Aprendizado ao longo dos processos de habilitação e reabilitação", na qual esteve em pauta a sociedade da normalização, a quebra de paradigmas e o uso de medicações. A atividade online teve o envolvimento de todos os polos do Brasil. O momento foi proposto peloNúcleo de Apoio ao Discente /NADi, pelo curso de Pedagogia EAD através da disciplina de Educação Inclusiva e pela Coordenação de Pesquisa e Extensão EAD.
O Cinefórum sobre o filme "The Fundamentals of Carin - Amizades Improváveis" foi analisado pelos acadêmicos na disciplina de Cultura Religiosa no dia 26 de agosto, ministrada pelo docente e Capelão do campus Elton Fischer. A proposta levou à análise acerca da forma como cada indivíduo está preparado ou não para incluir social e emocionalmente os portadores de necessidades especiais, e a capacidade de proporcionar igualdade entre todos.
No dia 30 de agosto, a turma da disciplina de Libras ministrada pela docente Maria Cristina Ferrari, participou de palestra realizada no Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência-CMPD, onde o palestrante Alessandro Moraes, abordou as temáticas "Acessibilidade, Mercado de Trabalho, Cursos e Passe Livre". Na oportunidade, os acadêmicos além de debater sobre a proposta puderam conhecer a estrutura do conselho.
Para encerrar a semana, todos os cursos participaram de um momento que envolveu cultura e sensibilização, promovido pelo curso de administração, onde puderam ouvir o depoimento Adilson Rittes sobre a habilitação e reabilitação. Aos quinze anos de idade, foi diagnosticado com um tumor na medula espinhal que fez com que perdesse os movimentos e a sensibilidade de partes do seu corpo. Duas décadas depois, o Adilson veio até a universidade fazer seu relato e tocar com sua banda, Olívia Palito, na qual é vocalista desde 1.994, demonstrando que um portador de deficiência física não quer ser tratado de forma especial, mas sim com igualdade.
Andresa Lima
Assessora de Comunicação
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