Josiane Hahn
Egressa de Direito elogia aprendizado durante Universidade
Egressa é auxiliar de juiz na comarca de Não-Me-Toque
Josiane Hahn é egressa do curso de Direito. Concursada do Poder Judiciário como oficial escrevente, desde dezembro/2002, desenvolvendo atualmente a função de auxiliar de juiz na Comarca de Não-Me-Toque/RS. Ela conta que desde o ingresso na ULBRA, em 2003/2, participou de diversos cursos de atualização para os servidores do Judiciário, de seminários e semanas acadêmicas desenvolvidas na própria instituição de ensino entre outras.
Josiane considera-se dedicada, e sempre enfrentou os estudos com seriedade, procurando participar e desenvolver as atividades propostas pelos professores da melhor forma possível, a fim de potencializar o seu crescimento pessoal. “A ULBRA tem uma política pedagógica diferenciada, que trabalha com a multidisciplinariedade e procura relacionar o teórico com o contexto prático, vivenciado pelas pessoas, possibilitando, desta forma, uma visão mais ampla do que se trate cada um dos cursos realizados, contribuindo sobremaneira para o desenvolvimento pessoal de cada acadêmico e a projeção de seu futuro profissional”, falou.
“O curso de Direito veio a acrescer em minha vida, primeiro como uma escolha de acordo com a minha identificação pessoal e o que espero profissionalmente no futuro; segundo, pelo fato de esclarecer através da teoria o trabalho que já vinha realizando na prática, possibilitando uma maior compreensão e aprimoramento das atividades realizadas”, destacou a egressa.
O grande diferencial do curso, conforme a discente, primeiro, são os professores qualificados; segundo, é a aproximação da teoria com a realidade, através das atividades propostas, bem como do estágio prático que possibilita o contato direto dos alunos com as pessoas que necessitam de auxílio jurídico e não têm condições, bem como o acompanhamento e desenvolvimento das ações ajuizadas, dando uma dimensão real do que é a prática jurídica em si.
Josiane lembra que o SAJULBRA possibilita aos alunos o contato com as pessoas menos favorecidas economicamente e que necessitam do auxílio jurídico para resolver seus conflitos. “Desta forma, o atendimento realizado pelos acadêmicos, sob a supervisão e orientação do professor responsável, busca ser esclarecedor e de forma que a pessoa atendida sinta-se acolhida e satisfeita, acreditando de fato que o seu problema poderá ser resolvido, com qualidade e seriedade”, salientou.
“Assim, procurei efetivar os atendimentos com uma linguagem de fácil entendimento àqueles que nos procuravam e de acordo com as orientações dadas pela professora responsável, buscando o encaminhamento das ações e posterior acompanhamento da melhor forma possível”, ponderou.
Como grande diferencial, a ex-aluna comentou sobre a ação realizada em defesa de um tratamento de quimioterapia. Uma ação ajuizada perante a Justiça Federal, a fim de buscar o fornecimento pela União de medicamento necessário ao tratamento de quimioterapia foi especial, considerando que se tratava de um pai com poucas condições financeiras, com toda a família sob a sua dependência e que estava diante de uma situação entre a vida e a morte, necessitando urgentemente da concessão do medicamento, que possuía um alto custo e que não poderia ser coberto pelo SUS.
“A situação fática foi marcante, tendo em vista que a esposa, em busca de auxílio, buscava no SAJULBRA a esperança de ver o seu esposo atendido com o mínimo de dignidade a que o ser humano tem direito e estava lhe sendo negado, pelo fato de não possuir condições econômicas de suportar aquela despesa, que era a diferença entre a vida e a morte dessa pessoa”, avaliou a bacharel em Direito.
Desta forma, foram colhidos todos os documentos que a esposa possuía em mãos e procedeu-se o encaminhamento para ajuizamento da ação perante a Justiça Federal. “Após, o enfrentamento da burocracia e a luta contra o tempo, a fim de possibilitar a garantia do direito à vida daquele cidadão, o que gerava angústia e indignação, até o momento que a medida liminar outrora deferida foi cumprida, devolvendo a única esperança que a família havia depositado em nós, gerando a nossa satisfação em ver o trabalho realizado surtindo efeito”, relatou.
A auxiliar de juiz, através do trabalho realizado no SAJULBRA, sentiu orgulho de atender os que realmente necessitam de um auxílio e não têm a quem recorrer, percebendo em suas faces a satisfação de estar sendo bem tratados e atendidos e a gratificação de ajuizar as ações e acompanhar as que já se encontravam em andamento, dando uma resposta àqueles que procuraram ajuda anteriormente, e que poderiam ter os seus direitos garantidos e a solução para seus conflitos de forma digna.
Ela completa que o curso de Direito dá a dimensão de que a prática jurídica não é somente a aplicação de leis, mas a interpretação do cotidiano, conforme ele se apresenta, de acordo com contexto em que está inserido. “Que cada pessoa possui direitos e deveres e que nós acadêmicos de Direito seremos os instrumentos para fazer valer a justiça na vida de cada um daqueles que solicitar o nosso auxílio, caso a caso”, falou Josiane que deixa um pensamento, que traduz o que o curso de Direito ensinou em síntese para ela:
“Todo direito envolve uma responsabilidade; toda oportunidade, uma obrigação; toda posse, um dever”. (Rockfeller).
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