Pedro Francisco Borges Pereira
Idade não é empecilho para estudar no exterior
Aluno de Sistemas de Informação faz intercâmbio aos 58 anos
Já foi dito que, para aqueles que desejam estudar, a idade não é empecilho. Com frequência são divulgados exemplos de pessoas de várias faixas etárias que recomeçaram seus estudos em busca de uma melhor qualificação, de um sonho antigo, ou até mesmo de uma realização pessoal. Entretanto, não é muito comum que alguém acima dos 50 anos faça intercâmbio estudantil no exterior, mas na ULBRA Canoas existe um aluno com esse perfil. O estudante do Curso de Sistemas de Informação da Universidade, Pedro Francisco Borges Pereira, 58 anos, viajou na quarta-feira, 13.08, para a cidade de Manhattan, EUA, para estudar computação durante 12 meses na Kansas State University. O intercâmbio do acadêmico faz parte do Programa Ciência Sem Fronteiras, do Governo Federal.
A ligação de Pedro com o segmento de informática teve início no ano de 1975, quando iniciou na função de programador na linguagem computacional Cobol. Desde aquela época, sempre atuou na área. Atualmente é proprietário da PPAI Sistemas, uma empresa de desenvolvimento de software e consultoria, fundada por ele em 1996. Sua empresa desenvolve softwares para as áreas de engenharia de manutenção, segurança do trabalho e controle de qualidade. Entretanto, em determinado momento de sua trajetória profissional, Pedro decidiu que era o momento de fazer algumas mudanças. "Cansei de ser o veterano que aprendeu na prática e resolvi voltar a estudar. A graduação no Curso de Sistemas de Informação é só o primeiro passo", explica. Bom desempenho no ENEM, dedicação aos estudos acadêmicos e da língua inglesa e a busca por atividades complementares foram práticas desenvolvidas por Pedro que contribuíram para seu intercâmbio no exterior. "Ainda não sei quais as disciplinas que estudarei nos Estados Unidos e só vou saber quando chegar lá. Porém, gostaria de frequentar aulas nas disciplinas relacionadas a Business Inteligence (BI) e Gestão do Conhecimento", destaca.
Para o coordenador de Sistemas de Informação da Universidade, Eduardo Isaía Filho, o intercâmbio oportunizará ao aluno a troca de experiências, de aprendizado e de cultura. "Atualmente o segmento de tecnologia de informação (TI) é considerada uma área sem fronteiras e as experiências no exterior oportunizam ao estudante obter uma visão global do seu campo de atuação", afirma o docente.
O Programa Ciência Sem Fronteiras é uma iniciativa do Governo Federal lançada em parceria com instituições conveniadas estrangeiras e tem o objetivo de levar alunos ao exterior para aperfeiçoar sua formação, estimular suas competências e habilidades, além de auxiliar em seu desenvolvimento científico e tecnológico. A Assessoria de Relações Internacionais da Universidade faz a interlocução com as instituições de ensino estrangeiras, apresentando os alunos/candidatos, seus documentos e a solicitação do aceite destes.
Segue abaixo entrevista com o aluno Pedro Pereira
ULBRA --Quais foram as motivações que te levaram a realizar intercâmbio no exterior?
Pedro -Academicamente, quero aprender sobre o ambiente, os recursos e os métodos de ensino usados em uma faculdade norte-americana. Entretanto, de forma mais ampla, o que me motiva são as conquistas de láureas acadêmicas, status e retorno financeiro. Porém, para que eu me sinta realizado, tenho de deixar que o amor me mova! Amor ao estudo, à ciência, à minha profissão, aos professores e aos colegas, pois são minha família expandida e meus companheiros de caminhada.
ULBRA - Com sua experiência de atuação na área de computação adquirida desde o ano de 1975, o que achas que terá de mais proveitoso em 12 meses de intercâmbio, tanto em nível profissional como acadêmico?
Pedro -Academicamente, quero aprender sobre o ambiente, os recursos e os métodos de ensino usados em uma instituição universitária norte-americana, pois, como já te disse, almejo um dia ser professor. Profissionalmente, quero ser capaz de trazer para o Brasil os recursos da cultura americana que possam ser usados na nossa realidade. Espero ser capaz de criar algo novo, algo nosso, a partir do que aprender lá.
ULBRA -Em teu retorno ao Brasil, após 12 meses intercâmbio no exterior, quais serão suas pretensões?
Pedro -Vou concluir a graduação, depois pretendo fazer pós-graduação na área. Desejo, um dia, ser professor na ULBRA. Quero um dia entrar em uma sala de aula, como professor e poder dizer a um calouro que percorri o mesmo caminho que ele começa a trilhar. Vou dizer a ele que os Cursos de Computação da Universidade abriram-me portas para um mundo novo e fascinante e que certamente o mesmo poderá acontecer ao aluno, se ele prosseguir na caminhada, um dia de cada vez.
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