Na noite desta terça-feira (21), os cursos da Área de Ciências Sociais e Aplicadas da ULBRA Canoas promoveram o debate entre candidatos do Rio Grande do Sul ao Senado Federal. Participaram do encontro Bernadete Menezes (PSOL), Marcos Monteiro (PV), Paulo Paim (PT), Prof. Lucas (PSOL) e Vera Guasso (PSTU). Entre os temas decididos antecipadamente através de reunião com coordenadores dos cursos da ULBRA e os assessores dos candidatos estavam em pauta questões como educação superior e mercado de trabalho para a juventude.
Mediados pelo jornalista e repórter da rádio Guaíba e do jornal Correio do Povo, Gerson Anzzulin, no início do debate os candidatos fizeram suas apresentações, destacando a oportunidade de debater em um ambiente acadêmico, e agradecendo a iniciativa da Universidade em estender o convite a todos os candidatos.

O início do ciclo de perguntas abordou como primeiro tema a Educação Superior. De acordo com o sorteio de perguntas, a candidata Vera Guasso iniciou sua fala abordando o não uso do Governo Federal da lei que defini a aplicação de recursos públicos para o ensino superior. "Para os filhos dos trabalhadores terem acesso à universidade pública, a qualidade do ensino nas escolas precisa ser repensada e mudada, desta forma todos teriam acesso e a rede privada seria apenas uma opção", completa a candidata.

O candidato Prof. Lucas, dentro do tema, abordou a questão do analfabetismo no Brasil. "A falta de estrutura na educação básica reflete na nossa sociedade. É preciso batalhar pelo ensino superior universalizado para todos, mas precisamos iniciar pelas melhoria nas vagas e na qualidade de ensino das nossas escolas, precisamos combater a analfabetização", afirmou. Já Marcos Monteiro levantou a questão sobre o sistema de cotas nas universidades brasileiras, defendendo a posição que as cotas deveriam ser definidas pelo encaminhamento dos estudantes da rede de escolas públicas para as universidades públicas.

As bolsas do PROUNI foram abordadas pela candidata Bernadete Menezes. Ela questionou se essas bolsas poderiam reverter em mais vagas para as universidades públicas. Ao fim do primeiro bloco, foi abordado o acesso de jovens à universidade pública e à qualificação profissional. Paulo Paim lembrou que o governo Lula criou 14 novas universidades públicas e dezenas de escolas técnicas, e Vera Guasso afirmou que ainda assim, com o crescimento econômico registrado no país, o investimento nessa área é muito baixo.

Em um segundo momento, os candidatos respondiam perguntas elaboradas pelos alunos da ULBRA sobre questões ligadas à juventude. Foram discutidas alternativas sobre o mercado de trabalho para os jovens, geração de empregos e benefícios para pequenas empresas. Os candidatos apontaram como principal problema do país a falta de perspectiva para a juventude no Brasil, em função da falta de oportunidades de empregos, de oferta de qualificação profissional e necessidades de cumprir a lei que determina os índices de investimento na educação, seja em escolas ou universidades públicas.

Ao final do debate, os candidatos agradeceram a oportunidade de comparecer à universidade, lembrando que no debate com o público existe democracia, diferente que na campanha eleitoral produzida na televisão. O auditório permaneceu lotado até o final das considerações finais.