16/08/2010 16:14
- ULBRA CANOAS
Especialização em Dança visita exposição
Alunos relacionaram teoria e prática da performance
Confira a seguir a entrevista realizada com a docente convidada da especialização, Heloisa Gravina:
ULBRA - Na sua opinião, qual a relação da Dança com as artes visuais?
Historicamente, dança e artes visuais desenvolveram vários modos e intensidades de relação. Do ponto de vista da disciplina, Teoria da Performance, interessam-nos especialmente as zonas de interface que conseguimos criar e identificar entre esses campos artísticos (bem como da dança com a música e o teatro, aliás). Justamente, uma das características da performance é mobilizar uma multiplicidade de meios, conforme as necessidades expressivas do artista.
ULBRA - Qual a importância de levar os alunos de especialização em Dança para a visitação?
É importante conectar o que se vê em sala de aula com o mundo real, mudar o próprio espaço de interação com a turma. No caso desta exposição específica, a ideia "Horizonte expandido" falava diretamente ao propósito da disciplina, que era o de ampliar as possibilidades de se pensar o que pode ser considerado dança e performance. Por outro lado, vários dos artistas selecionados para a exposição fazem parte dos movimentos que, a partir dos anos 60/70, levaram à conformação da performance enquanto gênero e campo artístico autônomo. Claro que o recorte da exposição era a partir do campo das artes visuais, mas a performance se apresenta exatamente como essa possibilidade de interação e trânsito entre linguagens e campos artísticos.
ULBRA - O que foi verificado com a atividade? No que ela contribuiu no aprendizado?
A visita aconteceu em duas etapas. Avaliando em grupo, consideramos que esta dinâmica foi muito positiva. Várias alunas comentaram que se sentiram confusas, sem saber o que sentir ou pensar sobre o que viram e a relação que isso teria com o nosso assunto. A maioria aproveitou o momento após o almoço para uma caminhada pela Praça da Alfândega e uma rápida visita à exposição de Cândido Portinari, no MARGS. Esse intervalo funcionou como um respiro e possibilitou uma nova entrada na exposição.
Através da experiência sensorial do contato com o trabalho desses artistas fundadores, a visita contribuiu para dar corpo e matéria às questões que vínhamos problematizando em sala de aula. A arte da performance exige uma relação presencial, e o espaço da exposição proporcionou esta relação.
Serviu também como contraponto para, confrontando-nos nos dias seguintes à experiência da geração fundadora da dança pós-moderna norte-americana dos anos 60/70, identificar os pontos de aproximação e as especificidades de cada linguagem e movimento artístico.
ULBRA - Se quiseres contribuir com algo, fique à vontade.
É fundamental pontuar a qualidade da mediação oferecida pela exposição. Nosso mediador conseguiu tanto nos deixar à vontade com nosso próprio tempo e desejos com a exposição, como fornecer as informações e comentários que sentíamos necessidade. Através da sensação de ir construindo uma relação de troca com ele ao longo do dia, sentimo-nos construindo uma relação com a própria exposição e os artistas ali representados.
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