16/07/2010 16:08
- ULBRA CANOAS
Projeto recebe doações
Aluno leva campanha para grupo de escoteiros
O trabalho com crianças hospitalizadas foi apresentado em aula aos alunos da disciplina de Didática, pela professora Haydée Moraes. Ao saber da campanha de arrecadação para o projeto realizado no Hospital Universitário da ULBRA, Daniel Franco resolveu fazer mais do que apenas trazer um brinquedo. Acadêmico do quarto semestre do curso de Química da ULBRA Canoas, ele levou a ideia para o 183º Grupo de Escoteiros Chama Farroupilha de Triunfo, do qual é um dos líderes.
Uma semana foi tempo suficiente para que o grupo com mais de 50 pessoas pudesse juntar mais de 300 itens entre brinquedos e material escolar. "Frequentemente nós fazemos campanhas para arrecadar alimentos e roupas, está dentro de nossas atividades, e em pouco tempo juntamos todo o material", afirma o acadêmico. Elvis Sarmento, escoteiro e aluno do 5º semestre de Engenharia Mecânica, ajudou na entrega das doações ao curso de Pedagogia.
Haydée Moraes, coordenadora do projeto de Pedagogia Hospitalar, conta que tudo passará pelo processo de higienização e esterilização antes de ser levado à sala reservada para as crianças em tratamento no Hospital Universitário da ULBRA.
Sobre o projeto
As atividades do projeto Pedagogia Hospitalar, do curso de Pedagogia da ULBRA Canoas, iniciaram em 2007, com atendimento às crianças nos leitos, sendo um estímulo ao desenvolvimento cognitivo e afetivo.
Manter as crianças ligadas às questões escolares e distraí-las um pouco quanto ao trauma do ambiente hospitalar e a dor são alguns dos objetivos do projeto. Também é realizada a coleta de dados sobre os aspectos que podem ter promovido a doença, como condições de moradia, educação, família, higiene e alimentação. "Ao perceber essas questões, nós vamos ao encontro das necessidades da criança e orientamos os pais quanto aos hábitos saudáveis", explica Haydée.
Segundo a docente, o projeto alerta para o surgimento de mais uma área no mercado de trabalho, a pedagogia hospitalar. "Deve-se ter muito cuidado com este trabalho, para não ocorrer uma invasão psicológica, e acabar alimentando nas crianças sensações como o medo do hospital", explica.
Ela finaliza ressaltando que um hospital que atende crianças não pode prescindir de um trabalho que, no atendimento, minimize efeitos posteriores, como o atraso no desenvolvimento. A recreação, uma das atividades realizadas por monitoras do curso, distrai as crianças, que esquecem que estão num ambiente hospitalar e também a dor. "Trabalhando o cognitivo, trabalha-se também o afetivo. E isso faz a diferença", afirma Haydée.
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