6º BIOCOM
6º BIOCOM é encerrado após três dias de atividades
Simpósio de biocombustíveis movimentou a ULBRA Canoas
O 6º Simpósio Nacional de Biocombustíveis (BIOCOM) foi encerrado no início da noite da última sexta-feira, 26.04, na ULBRA Canoas. Biomassa, agroenergia, etanol e muitos outros termos técnicos do segmento forma temas de debates, palestras de um evento que contou com representantes de instituições acadêmicas e empresariais de Argentina, Uruguai e Portugal.
Ainda na quinta-feira, 25.04, ao palestrar sobre o tema etanol combustível, o representante da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Anderson Rodrigues, abordou aspectos ligados à normalização do entanol. Segundo Anderson, cada país utiliza uma norma diferente, dificultando a exportação e a importação do combustível.
As atividades, no último dia do evento, começaram com uma palestra sobre produção fotocatalíca do hidrogênio. Na sequência houve uma mesa redonda que enfocou as novas especificações do biodisel. Entre os debatedores estava presente o pequisador do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), Eduardo Cavalcanti. O convidado destacou a importância da obtenção das especificações na produção de biodisel, para que seja possível determinar quais ações deverão ser feitas para que a qualidade atingida na produção seja mantida até a entrega final do produto.
Da Universidade de Coimbra, Portugal, Fausto Freire fez uma avaliação do ciclo de vida de biocombustíveis, enquanto o gerente de desenvolvimento estratégico do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), Jaime Fingerut, abordou a evolução da produção de etanol no Brasil. Destacou dois aspectos importantes: o exemplo do sucesso mundial que representou a produção de etanol, quando o combustível substituiu a gasolina, levando riqueza para o interior do Brasil; e o desenvolvimento de tecnologia brasiliera na área, que é muito respeitada no exterior.
Com o encerramento das atividades, o professor do curso de Química da Universidade, Luiz Antônio Mazzini, que foi principal organizador do Simpósio, fez uma avaliação técnica do evento. “Os países do Mercosul, em especial o Brasil e a Argentina, têm potencial para uma produção maior de biocombustíveis, mas barreiras comerciais impostas pela Comunidade Europeia têm dificultado as exportações. A consciência ambiental deve continuar impulsionando a substituição da matriz energética mundial por alternativas renováveis, o que inclui as baseadas na biomassa”. Nesse quesito, Mazzini enalteceu o Brasil: “nosso país continua destacando-se como liderança no uso de energias renováveis, em particular, as derivadas de biomassa”. Já o coordenador dos cursos de Química e Química Industrial da Universidade, Joel Cardoso, destacou que o BIOCOM promoveu o debate e o aprofundamento das novidades existentes na área de desenvolvimento tecnológico. “A realização de um evento tão importante no segmento é a demonstração prática de que os cursos de Química da ULBRA e a Instituição mostram-se inovadores”. Opinião que foi corroborada por Mazzini. “Considero que o evento deu maior visibilidade para nossa Universidade, além de nos oportunizar a consolidaçao de parcerias”, finalizou.
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