PPGGTA.Pro
PPGGTA.Pro desenvolve pesquisa sobre fotoprotetores
Estudo poderá resultar em protetores solares mais efetivos
Docentes do Programa de Pós-graduação de Genética e Toxicologia Aplicada (PPGGTA.Pro) da ULBRA Canoas, em parceria com professores do Grupo de Pesquisa do Laboratório de Novos Materiais Orgânicos da UFRGS, estão desenvolvendo um estudo que objetiva trazer novos insumos para que a indústria cosmética possa formular fotoprotetores (protetor solar) atendendo às demandas da RDC nº 30 de 2012 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), gerando produtos mais efetivos e com amplo espectro de proteção.
A professora Eliane Sempé Obach, uma das responsáveis pelo estudo na ULBRA, explica que as radiações UVB e UVA são biologicamente importantes, em função de efeitos responsáveis por fotoenvelhecimento e câncer de pele. Ela lembra que o UVB é o grande responsável pelo eritema solar e a capacidade de proteção que um produto oferece ao consumidor é indicada no rótulo pelo índice FPS. “O UVA, no entanto, não gera eritema importante e ocasiona o bronzeamento, mas é o grande responsável pelo envelhecimento acentuado da pele e por alguns tipos de câncer muito invasivos em função de sua grande capacidade de penetrar a pele e atingir a derme”, argumenta a docente.
A pesquisadora afirma que os bons fotoprotetores precisam ser eficazes e têm a função de impedir danos cutâneos, tanto no UVB quanto no UVA. Eliane explica que o trabalho desenvolvido pela equipe do PPGGTA.Pro tem por objetivo sintetizar novas moléculas efetivas como filtros solares, especialmente na região do UVA longo.
A professora lembra que em 2010 um novo Regulamento Técnico sobre protetores solares foi aprovado no Mercosul e, em junho do ano passado, a ANVISA publicou a RDC nº 30, de 2012, exigindo, entre outras mudanças, a comprovação de um fator de proteção UVA (FPUVA) mínimo relativo a um terço do Fator de Proteção Solar (FPS), que deverá estar indicado no rótulo do produto. Foi estabelecido um prazo de dois anos para adaptação das formulações comercializadas, e a partir de junho de 2014 os consumidores poderão contar com formulações mais efetivas quanto à prevenção dos danos ocasionados pela exposição solar. “Entretanto, poucas matérias-primas estão disponíveis mundialmente para permitir que as indústrias atinjam este objetivo e gerem competitividade. Prova disso foi a iniciativa da empresa L’Oreal, no sentido de sintetizar e patentear moléculas disponíveis somente em seus produtos”, argumenta Eliane.
Estudos preliminares relativos à classe de moléculas escolhidas para a pesquisa desenvolvida pelo grupo de docentes já haviam sido realizadospelo Grupo de Pesquisa do Laboratório de Novos Materiais Orgânicos da UFRGS, há alguns anos, mas, de acordo com a professora, foi em janeiro de 2012 que o emprego das moléculas em questão como filtros solares foi proposto pelo grupo de pesquisa da ULBRA, dando início a um novo ciclo de testes. “Trata-se de um grande trabalho desenvolvido em parceria entre as duas universidades (ULBRA e UFRGS) e voltado pontualmente às demandas do mercado”, ressalta.
Resultados parciais
Segundo Eliane, duas moléculas já foram sintetizadas e hoje são estudadas em duas dissertações de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Genética e Toxicologia Aplicada – Mestrado Profissional da ULBRA. “Estudos de toxicidade deverão ser conduzidos até o final deste ano, além de otimizações nas moléculas que já antecipam outras potencialidades. Neste momento, procuramos por parcerias com empresas interessadas em investir em inovação”, informa a pesquisadora.
As moléculas foram sintetizadas através de reações de condensação nos laboratórios da UFRGS e da ULBRA. Para purificação foram empregados métodos cromatográficos. Sua capacidade de absorção no UV foi avaliada através de espectrofotometria e os ensaios de irradiação para avaliação da fotoestabilidade foram conduzidos com simulador solar nos laboratórios da UFRGS, assim como os testes de solubilidade. “Os resultados parciais obtidos demonstraram que as moléculas estudadas apresentam pico de absorção no UV entre 358 e 375 nanômetroe são fotoestáveis, caracterizando seu emprego como potenciais filtros solares efetivos no UVA longo.
O estudo é desenvolvido pelas professoras Eliane Sempé Obach, Dione Silva Corrêa e Jaqueline Picada, da ULBRA, em parceria com os docentes do Grupo de Pesquisa do Laboratório de Novos Materiais Orgânicos da UFRGS, Valter Stefani e Leandra Franciscato Campo.
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