Luciano Pighinelli
Polímero Natural: reconstituindo tecidos do corpo humano
Produto foi desenvolvido por egresso da ULBRA
![](https://www.ulbra.br/upload/bb43762281602113d7cf1e5c63903f12.jpg)
A contribuição acadêmica que a ciência vem dando à sociedade, ao longo de anos, tem auxiliado para melhorar a vida de pessoas de todas as idades. Dentro desse propósito, o egresso do curso de Engenharia de Plásticos e docente da ULBRA Canoas, Luciano Pighinelli, desenvolveu em sua tese de doutorado, um polímero natural para reconstituição de tecido ósseo e tecido muscular.
Durante os três anos de doutorado na Universidade de Innsbruck, Áustria, Luciano trabalhou desenvolvendo um produto biodegradável para ser utilizado em substituição a células humanas em implantes. “O processo deu-se a partir da quitosana, que é um material retirado da casca de moluscos. A fibra de quitosana, junto com as nanopartículas de cerâmica, facilita a absorção de cálcio pelo organismo. Com isso, o próprio organismo acaba por formar as células ósseas, regenerando-se”, explicou o pesquisador.
Entre as aplicações práticas estão os tratamentos de osteoporose e de câncer, além das fraturas, quando é reconstituído o tecido danificado. A pesquisa de Luciano, feita em decorrência da tese de doutorado, gerou também um livro já publicado pela editora Lambert. “Com o livro foram realizadas duas patentes junto à Comunidade Europeia: o método de obtenção e o produto propriamente dito. Tanto a obra, como as patentes, foram frutos de minha pesquisa. Acima de tudo os materiais desenvolvidos para reconstituição dos tecidos ósseos e musculares podem significar a melhora da qualidade de vida de muitos pacientes. Quando cursei Engenharia de Plásticos na Universidade pude ter uma visão geral de diferentes tipos de materiais.”, salientou.
Com título de PhD em biomateriais pela Universidade de Innsbruck, Luciano realizou mestrado na ULBRA Canoas. “Meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) na graduação foi desenvolver um imobilizador para radioterapia de câncer de mama, que acabou por constituir-se na primeira patente da Universidade na área. No mestrado, tive a oportunidade de dar continuidade ao conteúdo do meu TCC”, enfatizou.
Para o coordenador das Engenharias de Plásticos e Química da ULBRA, Luis Sidnei Machado, a pesquisa de Luciano serve para demonstrar as amplas possibilidades de atuação para os profissionais do segmento. “Isso representa a importância dos nossos dois cursos, que possibilitam aos egressos atuarem em diversas áreas”, observou Sidnei.
Luciano ainda é aluno do curso de Física da Universidade. “Faltam apenas seis disciplinas para eu terminar minha graduação nessa área.”
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