ATENDIMENTO À COMUNIDADE
Medicina humanizada: estudantes da Ulbra prestam atendimento a idosos
Alunos estiveram na Sociedade Porto-Alegrense de Auxílio aos Necessitados
Com o objetivo de aproximar os estudantes cada vez mais das comunidades em que estão inseridos, alunos da Faculdade Ulbra Medicina Porto Alegre participaram de uma ação de solidariedade e cuidado ao visitar a Sociedade Porto-Alegrense de Auxílio aos Necessitados (Spaan). Durante a visita, na tarde de terça-feira (5/11), eles ofereceram suporte médico com escuta e orientação sobre cuidados preventivos aos idosos da instituição. O encontro, que visava promover uma atenção especial à saúde da terceira idade, reforçou a importância de uma medicina que valoriza o lado humano do cuidado e ressaltou o papel fundamental do aprendizado prático na formação dos futuros profissionais no curso de Medicina.
Acompanhados por professores e profissionais de saúde, os estudantes conduziram atendimentos de avaliação de medidas corporais, como peso e altura, além de prestar orientações sobre cuidados com a saúde. Esse contato direto com os pacientes em um contexto comunitário permite que os alunos desenvolvam habilidades práticas e empáticas, preparando-os para enfrentar os desafios reais da profissão e promovendo uma visão integrada e humanizada da Medicina. Conforme a diretora da Faculdade Ulbra Medicina Porto Alegre, Carmen Lúcia Rodrigues, todos os cursos de Medicina da Instituição carregam a proposta de vivenciar a profissão.
"Nossa proposta é que eles se tornem médicos não só comprometidos com a prevenção na saúde, mas também responsáveis socialmente. Queremos proporcionar contato com a comunidade e demonstrar que essa investigação de medir e organizar os dados do paciente também inclui formatos sensíveis de abordagem. Esse é o atendimento humanizado, conhecer outras realidades e vivenciar isso. Ter essa experiência antes de chegar nos estágios é fundamental", ressalta Carmen.
Mais do que atendimento à saúde
A iniciativa beneficia não apenas os idosos da instituição, mas também os estudantes, que ganham experiência de atendimentos reais e se sensibilizam com as necessidades específicas desse público. Conforme o aluno do 1° semestre, Fernando Barella, esse tipo de prática tem um grande peso no aprendizado.
"Já nos primeiros momentos da faculdade, ficou bem claro que a Ulbra quer formar médicos humanos e empáticos. E acredito que essa prática, que foge um pouquinho da sala de aula, vai nos deixar prontos para tratar muito mais humanamente e dignamente os nossos pacientes. Existem várias questões humanísticas que podemos pontuar desse atendimento. Principalmente essa questão da carência dos idosos. Isso vai nos tornando cada vez mais críticos nessa sociedade e, a partir dessa crítica, acredito que podemos nos tornar médicos que façam a diferença", destaca Barella.
Para o professor Daniel Carlos Garlipp, momentos como esse são fundamentais na formação de um médico. "Essa vivência que eles tiveram e esse acolhimento que eles fizeram com os idosos aqui são fundamentais para que a gente possa gerar médicos mais humanos. Então, eles começam a enxergar na ponta o que eles podem fazer no futuro. É preciso sair da sala de aula para entender que uma pessoa precisa de certo acolhimento e de certo cuidado", afirma Garlipp.
Spaan
A Spaan é uma instituição de longa permanência de idosos que existe desde 1931 e se mantém das doações de pessoas físicas e jurídicas. Atualmente, acolhe 156 moradores a partir dos 60 anos, de ambos os sexos.
"Todos os idosos que estão aqui são de risco e vulnerabilidade social. Nós temos uma parceria com a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc). Para nós é muito bom essa parceria com as universidades. Ficamos muito felizes com a presença da Ulbra aqui, é uma grande ajuda no atendimento da pessoa idosa, e eles gostam também de ver pessoas diferentes. É um momento satisfatório para todos", afirma a assistente social e gerente técnica da Spaan, Roselaine Aguirre.
De acordo com a estudante Caroline Herrera, o atendimento humanizado é fundamental. "É a primeira vez que a gente interage com os nossos pacientes, saindo da faculdade e tendo uma vivência fora do campus. Nós atendemos os idosos, conhecemos suas histórias de vida, isso adiciona muito para quando a gente for realmente começar a nossa profissão."
"O atendimento é bom para os alunos e é bom pra mim também. Eles entrevistam, nos pesam. A gente aqui é muito só, e ficamos felizes com as visitas, sabe? Movimenta nossa rotina", ressalta Maria Rodrigues, 85 anos, que reside há três anos na Spaan.
Thamiriz Amado
Assessoria de Comunicação
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