INTERNACIONALIZAÇÃO
Ulbra acolhe estudantes de Medicina de Portugal
Alunos integram projeto que prevê intercâmbio com mais de 20 países
A quinta-feira (15) foi especial no Campus Canoas com a recepção a dois novos alunos de intercâmbio. Inês Pontes e Tiago Leite, estudantes do curso de Medicina da Universidade NOVA de Lisboa, chegaram de Portugal e desembarcaram para um encontro especial na Diretoria de Relações Internacionais da Ulbra.
Os estudantes fazem parte do programa de Mobilidade Acadêmica da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), que oferece possibilidades de intercâmbio em mais de 50 universidades em 20 países. Na Instituição, Inês e Tiago cursarão disciplinas teóricas e exercerão atividades práticas na clínica médica do Hospital Universitário até o final de julho.
O diretor de Relações Internacionais, professor Antônio Costa, destaca a importância do intercâmbio na formação dos alunos, tanto no âmbito acadêmico, quanto no pessoal. "O aluno, além de ter contato com os professores, tem contato com os alunos do curso, com a cultura brasileira e do nosso Estado. E para alunos como a Inês e o Tiago, que vêm de um país europeu, o próprio ensino médico também é diferente", diz. "Na Europa, os princípios e as questões legais para o ensino médico são diferentes, e muitas vezes práticas que são realizadas no Brasil às vezes não são realizadas lá, e vice-versa, e isso só visa complementar a carreira dos futuros médicos", conclui Costa.
Experiência profissional e pessoal
Fazer com que os recém-chegados sejam acolhidos desde o primeiro momento é um passo importante para que se sintam bem recebidos e preparados para os desafios de um semestre completamente diferente do tradicional. A conselheira do curso de Pedagogia e integrante do Núcleo de Acolhimento ao Estudante de Medicina (Naem), Mara Lúcia Salazar Machado, destaca a importância da escuta neste momento tão singular na trajetória dos estudantes:
"Procuramos entender quem são esses alunos e quais são as expectativas deles com a aprendizagem, com as relações interpessoais, porque são de uma cultura e de um continente diferentes. Também trabalhamos com eles quando surge alguma situação inesperada para que saibam que têm suporte aqui e no país de origem", explica Mara Lúcia.
Para a professora Vaneska Krick Ratund, este momento resulta em uma experiência diferenciada não apenas no âmbito acadêmico, mas sobretudo no pessoal. "Sabemos que não envolve só o estudo na Universidade, mas as relações sociais que eles vão construir fora dela. Apesar de não estarem com o apoio da família por perto, eles querem esse aconchego e a nossa Universidade proporciona acolhimento, carinho e atenção, e por isso que a gente cria esse vínculo", reflete.
As expectativas para o semestre
Para os intercambistas, o clima é de entusiasmo em relação às experiências que os aguardam. A grande expectativa de Inês é quanto ao estágio curricular no Hospital Universitário. "Penso que vai ser super enriquecedor e vou ter uma grande prática. Acho que meu período por aqui vai valorizar os meus conhecimentos médicos", revela.
Este momento do intercâmbio também é o motivo do entusiasmo de Tiago, que escolheu o Brasil justamente pelas grandes estruturas dos hospitais, reconhecidas mundialmente. "Vou passar por várias especialidades que eu sempre quis, das quais muito se fala em outros países. Gostaria de ver como é que são os hospitais daqui, que são tão grandes e tão multifacetados", explica o estudante. "Quero me desenvolver como um médico que está pronto para exercer (a profissão) em qualquer país, e que está no patamar necessário em diversas culturas."
A acolhida foi um ponto destacado pela aluna, que também quer aproveitar a estadia para viver ao máximo a troca de experiências com a cultura brasileira. "O povo brasileiro é super caloroso, super amoroso, e fomos recebidos de braços abertos. Acho que vai ser super importante conhecer esta nova cultura, ter contato com novas dinâmicas sociais e novas realidades. Vai ser ótimo para o crescimento pessoal", diz Inês.
"O brasileiro é um ser humano muito empático. As pessoas daqui são extremamente calorosas, simpáticas, e são pessoas com quem se aprende muito", opina Tiago, concordando com a colega. "E o Brasil é um país gigantesco, cheio de segredos e locais para se conhecer e eu, se puder, queria conhecer todos. Não sei se vou conseguir, mas é o que eu gostaria", finaliza.
Marcelo Monteiro
Jornalista - MTb. 20.967
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