Debate na ULBRA
ULBRA debate racismo e preconceito na sociedade
Filme Vista Minha Pele serviu de base para discussões
Negrasgrafias: Olhar Negro em Telas foi o tema de um debate realizado na noite de segunda-feira, 19.11, no campus Canoas. A iniciativa, promovida pela Coordenação de Ensino das Licenciaturas e dos Bacharelados da ULBRA, ocorreu após a exibição de um filme.
A temática proposta foi debatida pelos coordenadores dos cursos de História e Jornalismo da Universidade, Roberto dos Santos e Deivison Campos, respectivamente. Também esteve presente ao encontro o aluno do curso de Geografia, Guilherme Corso da Silva e a estudante de Artes Visuais, Roberta Dias Fagundes.
As discussões ocorreram depois da apresentação do curta-metragem Vista Minha Pele, de Joel Zito. A produção cinematográfica, uma paródia da realidade brasileira, mostrava uma inversão dos papéis de negros e brancos na sociedade atual. “A partir da obra exibida queremos debater e discutir as questões da inserção do negro, tanto no mercado de trabalho, quanto na educação e em outras áreas de cidadania” enfatizou Deivison. Já Roberta destacou aspectos da questão visual do filme relacionados com a cultura negra, além de abordar o propósito da educação da mídia. “A cultura de hoje educa através de imagens e a mídia impõe um padrão de beleza”, salientou a discente.
Em sua participação, o professor Roberto salientou o significado da discussão em torno da questão negra no ambiente acadêmico. “É necessário elencarmos a importância da discussão sobre estereótipos, sobre a pluralidade da cultura brasileira e de como se pode entender e elaborar o conhecimento a partir do que está presente na construção da cultura nacional e do que é ser brasileiro”, explicou o docente. O estudante Guilherme enfatizou a proposta do filme ao inverter a realidade existente na sociedade entre negros e brancos sob a ótica da geografia humana e da antropologia. “É preciso desmascarar o racismo velado que existe no cotidiano”, afirmou o aluno.
A temática do encontro foi debatida sob vários ângulos, mas também pode ser retratada em uma única frase. “O filme tenta mostrar que o mundo não é igual para todos, apesar de todos sermos iguais”, finalizou Deivison.
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