Gente da Ulbra
Estudante com TEA se forma em Pedagogia
Daniella Xavier ultrapassou desafios e conquistou o sonhado diploma
Daniella Xavier, de 23 anos, moradora de Porto Alegre, tornou seu sonho, que parecia distante, em realidade. Ela se formou em Pedagogia no dia 12 de março depois de uma caminhada de altos e baixos na vida acadêmica. Até aí, parece uma história comum, igual a de tantos universitários. Porém, a recém-formada possui o transtorno do espectro autista (TEA) e passou por desafios antes de chegar à Ulbra e se formar. "Me senti feliz de ter terminado mais uma etapa, me sinto vitoriosa", diz ela.
A agora pedagoga ingressou na Instituição em 2018. "A Ulbra me deu todo suporte. Conheci a professora Mara Lúcia, responsável pelo Núcleo de Apoio Discente (NADi), que também foi minha professora e me auxiliou em tudo. Amo tanto que considero como mãe. Graças a ela e ao setor que me acolheu super bem, consegui me formar", diz ela. O NADi tem por finalidade acompanhar os processos de ensino e de aprendizagem, bem como desenvolver ações voltadas à acolhida, adaptação, desenvolvimento de competências e permanência no ambiente universitário.
De uma família com vários profissionais da área, Daniella diz que sua escolha vem também por seu amor aos pequenos. "Escolhi Pedagogia pois gosto de crianças e também porque a metade da minha família atua nessa área." Atualmente, a profissional trabalha como secretária no Núcleo Estadual de Educação de Jovens e Adultos (Neeja) de Porto Alegre. Está nos planos futuros fazer uma pós-graduação na instituição que a acolheu.
Barreiras e superações
A mãe de Daniella, dona Jocemara, recebeu o diagnóstico da filha somente aos 18 anos. "Nossa vida foi muito difícil até aí. Não sabíamos o que fazer", frisa. Ela passou por vários especialistas até chegar a um diagnóstico. Depois do parecer médico, a estudante intensificou algumas terapias, o que melhorou sua qualidade de vida, e assim decidiu ingressar na universidade.
Segundo ela, a filha enfrentou alguns obstáculos na primeira instituição que ingressou. "Ela não queria mais estudar. Após algumas pesquisas, descobrimos que a Ulbra dá esse assessoramento e a matriculamos. A professora Mara foi um anjo e conseguia passar segurança para ela", ressalta. A também pedagoga conta que a filha, na escola regular, sofria bullying, mas que, apesar de todas as dificuldades, ela foi alfabetizada. "Nunca foi reprovada", ressalta, confirmando que sua presença e apoio foi essencial para isso.
Fortes vínculos
A professora e coordenadora do NAD/NADi, Mara Lúcia Salazar, diz que Daniella criou um vínculo forte com os profissionais do setor, aceitando muito bem as orientações de estudos e com atitudes positivas, como o modo de se comportar, de agir ou de reagir a alguma ação ou situação. "Desde sua matrícula na Ulbra, esteve em acompanhamento no setor, com encontros periódicos, priorizando e cumprindo sempre seus compromissos", fala ela, ressaltando que participam dessa rede, além da aluna e professores, também a família, terapeutas particulares e coordenadores da Universidade. "Foi um presente trabalhar e aprender com a Daniella", finaliza.
Naira Nunes
Estagiária de Jornalismo Ulbra Canoas
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