Dicas
Professor de Engenharia Elétrica orienta como economizar energia
Aumento de energia entrou em vigor na quarta-feira, 1º de setembro
Desde essa quarta-feira, 1º de setembro, a energia elétrica passou para a bandeira tarifária de escassez hídrica. A mudança representa um aumento de quase 50% em relação à bandeira vermelha patamar 2 (a mais alta até o momento), encarecendo a conta de luz em quase 7%. A nova tarifa permanece até 30 de abril de 2022. O professor do curso de Engenharia Elétrica da Ulbra, André Bianchi, explica o aumento indicando que a energia elétrica proveniente de hidrelétricas é bem mais barata do que a energia produzida por usinas termelétricas a gás natural.
"Com a falta de chuvas (crise hídrica) a produção hídrica diminui e deve ser complementada pelas termelétricas. No ano de 2020, as hidrelétricas foram responsáveis por 61% da energia elétrica produzida no Brasil. Neste ano, com a crise hídrica, o percentual reduzirá e será substituído por fontes mais caras, daí o aumento nas bandeiras e tarifas", destacou. Para saber como economizar, confira algumas dicas do professor.
Como economizar nesse momento que a tarifa sobe para quase 50% em relação à bandeira vermelha patamar 2?
Inicialmente, faz-se necessário esclarecer que o custo de energia elétrica que pagamos tem uma tarifa composta por duas partes básicas: parcela A, custos fixos; e parcela B, custos variáveis. Na parcela A estão os custos da energia produzida, que chega até nossa casa e é nessa parcela que a bandeira incide. Assim, o aumento da bandeira vermelha, de R$ 9,49 para R$ 14,20 a cada 100 kWh, significa algo em torno de 7% de aumento na fatura total de energia elétrica. Lembrando que, mesmo sendo um aumento de 7%, é um aumento maior que a inflação dos últimos cinco anos.
Quanto à economia de energia elétrica, é importantíssima e não há receita de como fazer, cada consumidor tem seu perfil e tem que avaliar como pode contribuir. Isso não só beneficiará no seu orçamento mensal como contribuirá para evitar racionamentos e apagões.
Então, tenhamos em mente que um apagão afetará a todos, inclusive aqueles que têm geração própria do tipo sistemas fotovoltaicos, que não funcionam se o fornecimento da distribuidora estiver interrompido. Assim, devemos dar importância a todos equipamentos elétricos, mesmo sendo pequenas cargas, como lâmpadas, mantendo-as desligadas quando não estão em uso.
Deve-se também observar se os equipamentos elétricos estão funcionando de forma normal, por exemplo:
- Refrigerador: testar a borracha isolante da porta, verificar se o afastamento da parte traseira e a parede está ok, se o congelador não está com gelo nas paredes e se a temperatura está ok (obs.: buscar na internet com fazer estas verificações). Além disso, se o refrigerador é muito antigo, ver a possibilidade de trocá-lo por um mais moderno e econômico;
- Condicionador de Ar: limpar os filtros de ar do equipamento e verificar se nas janelas ou portas não existem grandes frestas que possam ser fechadas. Verificar se a capacidade do equipamento é adequada ao ambiente onde ele está instalado e a possibilidade de trocar por um equipamento apropriado e/ou por um mais moderno do tipo inverter;
- Lava-roupas: bem nivelada e lavar as roupas com máquina cheia, ou seja, carga máxima;
- Secadora de roupas: evitar o uso, dar preferência para a secagem em varal;
- Ferro de passar roupas: evitar o uso ou usar somente roupas que são estritamente necessárias serem passadas.
Quais os equipamentos elétricos que mais consomem energia e como utilizá-los de maneira a reduzir esse consumo?
Os grandes consumidores de uma residência são os refrigeradores, os condicionadores de ar, as máquinas lava-roupas e os chuveiros elétricos. As dicas de consumo consciente implicam sempre a organização, de tal forma a manter os equipamentos elétricos ligados o menor tempo possível. Por exemplo:
- Refrigerador: organizar, na medida do possível, os alimentos sempre da mesma forma a fim de que, quando se abra a porta do refrigerador, já se saiba exatamente onde todos os alimentos buscados estão.
- Condicionadores de ar: verificar todas as aberturas do ambiente antes de refrigerá-lo, manter os filtros do condicionador limpos e, na medida do possível, desligar o equipamento sempre que a temperatura do ambiente já estiver agradável.
- Lava-roupas: só ligar a máquina quando ela estiver cheia, ou seja, com carga máxima. Quanto à secagem, dê preferência à secagem em varal, esticando bem as roupas, a fim de evitar ter que passá-las.
- Chuveiros elétricos: a economia está ligada diretamente à temperatura da água e principalmente ao tempo de banho, ambos devem ser reduzidos ao máximo. Ou seja, banhos curtos e com a menor temperatura possível.
A nova bandeira permanecerá em vigor até 30 de abril de 2022. Como passar pelo alto do verão mantendo um consumo razoável?
Essa é uma pergunta de difícil resposta, visto o cenário de pandemia e os verões cada ano mais quentes. É difícil passar por um verão quente sem utilizar os condicionadores de ar, aumentar o número de banhos, lavar mais roupas e explorar a geladeira em busca de alimentos gelados. Mas as dicas anteriores são as mesmas para tal cenário. A organização e um consumo racional é o que pode nos ajudar.
Se a COVID-19 nos der uma trégua, seria interessante que as pessoas tentassem ir a locais com temperatura agradável como praças e parques, evitando ficar em casa com os equipamentos elétricos ligados. Não podemos esquecer que a crise é hídrica, que não só impacta na geração de energia elétrica, mas também no fornecimento de água potável em algumas regiões do País. Então reduzir o consumo elétrico é um ato de cooperação.
Naira Nunes
Estagiária de Jornalismo Ulbra
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