Renato Roithmann
Pesquisa de professor da Ulbra integra diretriz da área de otorrino
Artigo foi publicado no Brazilian Journal of Otorhinolaryngology
O otorrinolaringologista e professor do curso de Medicina da Ulbra, Renato Roithmann, representou a Universidade internacionalmente ao ter uma pesquisa sua integrando as diretrizes para o uso de Imunobiológicos no manejo da Rinossinusite crônica com Pólipo Nasal no Brasil. O estudo foi publicado no Brazilian Journal of Otorhinolaryngology (BJORL), da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-facial (ABORL-CCF).
As contribuições originais da área são publicadas na Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, em português e em inglês, tendo como objetivo a divulgação nacional e internacional de produção científica relacionada com a especialidade. Além disso, visa suscitar a discussão, em editoriais, de assuntos de relevância científica, acadêmica e profissional, como é o caso dos Imunobiológicos.
Roithmann explica que o artigo trata dos mais recentes medicamentos para pacientes portadores de rinossinusite crônica. "Mais especificamente, são as recém-publicadas diretrizes brasileiras para o uso dos Imunobiológicos no tratamento de um tipo específico de Rinossinusite Crônica com Pólipos Nasais (RSC c/PN)", explica.
Segundo o professor, essa doença afeta muito a qualidade de vida dos pacientes, que não respiram e não dormem bem, não sentem o cheiro, não conseguem controlar a asma que, frequentemente, está presente nestes casos, entre outros problemas. "Ficamos felizes em participar e representar nossa Faculdade de Medicina e Universidade, pois são grandes especialistas no assunto do Brasil que se reuniram para escrever estas diretrizes", relata o docente, também chefe da Residência Médica e da Especialização em Otorrinolaringologia da Instituição.
A Rinossinusite Crônica e os tratamentos
Conforme o médico, os tratamentos disponíveis no momento para a rinossinusite crônica são os corticoides e as cirurgias. "Porém, os corticoides em uso oral prolongado geram efeitos muito prejudiciais à saúde destes pacientes. E as cirurgias, apesar de resolverem o problema no curto prazo, têm índices consideráveis de insucesso (retorno dos pólipos nasais)", explica o especialista.
E são nesses empecilhos que o uso dos Imunobiológicos aparece como opção. O doutor explica que, "de forma simplificada, são medicamentos que atuam bloqueando as reações inflamatórias que acarretam os sintomas dos pacientes com RSC c/PN". E pontua, ainda, o fato de o uso já ser uma realidade no Brasil, só que em outras especialidades como a reumatologia, a alergologia e a pneumologia.
"Existe realmente uma necessidade não atendida para o manejo de um grupo específico de pacientes com RSC. O uso destes novos medicamentos em casos bem selecionados, e quando falham as outras formas de tratamento, traz uma nova perspectiva de controle desta debilitante doença crônica que é a Rinossinusite Crônica com Pólipos Nasais", evidencia o pesquisador.
O processo e a constatação
O médico explica que os Imunobiológicos são medicamentos específicos e caros. Destacando que, "é importante determinar de forma precisa quais são os pacientes que são candidatos a estes tratamentos, quais os critérios da indicação, como devem ser utilizados, como acompanhar o tratamento, enfim, tudo que diz respeito a esta nova modalidade de tratamento da RSC c/PN baseado nos principais estudos internacionais e nacionais, são revisados nesta diretriz".
Além de servir de guia para todos os otorrinos brasileiros nesta nova opção de tratamento, o trabalho em questão tem um fator de impacto alto. "Ser publicada também em inglês coloca a Associação que representa os otorrinos do país num nível de reconhecimento internacional muito alto. Hoje, a Otorrinolaringologia que é praticada no Brasil é de altíssimo nível e reconhecida no mundo inteiro", manifesta o professor.
O docente ainda fala sobre a relevância do exercício da profissão. "Nada vem de graça. Você precisa ter foco e procurar sempre a excelência em tudo que faz, seja no assistencialismo ou na pesquisa. Primeiro você aprende o básico. Aprenda a teoria, aprenda a prática, procure se atualizar e fazer o melhor pelo seu paciente de forma ética e responsável, independentemente de onde trabalhe. Não pule etapas, isto é básico e muito importante para um aluno em formação."
Francieli Vareira
Estudante de Jornalismo da Ulbra Canoas
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