Conscientização
Curso de Farmácia realiza live na Campanha Maio Amarelo
Tema será Medicamentos e Direção: uma combinação que pode ser fatal
Nesta segunda-feira, 10 de maio, às 19h, o curso de Farmácia da Ulbra Canoas promoverá a live Medicamentos e Direção: uma combinação que pode ser fatal. A transmissão será conduzida pela professora do curso, Cristiane Bernardes de Oliveira, doutora em Ciências Farmacêuticas e especialista em Farmácia Clínica e Prescrição Farmacêutica. O encontro integra a Campanha Maio Amarelo, para conscientização e prevenção aos acidentes de trânsito.
A temática está relacionada à existência de medicamentos que podem não só interferir na capacidade de dirigir, como também gerar acidentes e até causar a morte do condutor e de outras pessoas. "Segundo pesquisas divulgadas pela Academia Brasileira de Neurologia (2018), 20% dos acidentes de trânsito no Brasil são causados por motoristas que estão com seus reflexos alterados pela sonolência, que pode ter sido causada por medicamentos como antidepressivos, ansiolíticos, tranquilizantes e anticonvulsivantes", explica a docente.
O encontro abordará as classes de medicamentos que podem interferir na capacidade de direção, explicará o motivo pelos quais esses fármacos podem alterar a percepção do motorista e ainda trará alternativas para quem necessita usá-los.
Na entrevista a seguir, a professora Cristiane adianta alguns temas que devem ser abordados na live:
Ulbra - Quais são os efeitos colaterais mais comuns em relação a medicação e trânsito?
Professora Cristiane Oliveira - Esses medicamentos podem influenciar na capacidade de dirigir, por afetar a coordenação motora, a percepção visual ou auditiva, o autocontrole, a percepção de perigo e o senso de responsabilidade, além de promover a sonolência e tontura.
Ulbra - A maioria das pessoas se automedica sem ter conhecimento sobre tais efeitos?
Professora - Com certeza. Esse é o caso, por exemplo, dos relaxantes musculares, utilizados para dores musculares, muito usados pela população. São medicamentos de venda livre e a maioria das pessoas se automedica nessa situação e desconhece seus efeitos adversos em relação à capacidade de conduzir veículos.
Ulbra - Quais são os medicamentos mais corriqueiros - utilizados com frequência entre a maioria das pessoas - que costumam interferir na direção veicular?
Professora - Muitos são os medicamentos que podem afetar a capacidade de dirigir. Em 2018, a Organização Mundial de Saúde (OMS) já apontava que cerca de 33% da população mundial sofria de ansiedade. Hoje, com a pandemia da COVID-19 e as condições de isolamento impostas, verificou-se um aumento dos casos de transtornos de ansiedade e depressão, o que acarreta a utilização de medicamentos da classe de ansiolíticos e antidepressivos. Esses medicamentos podem causar sonolência, redução dos reflexos e demora no tempo de reação, perda de atenção, concentração, vigília e dificuldade de visão.
Outra classe de fármacos muito utilizada são os antialérgicos, comumente utilizados no nosso estado, em função de questões como rinites alérgicas, por exemplo. Podem provocar alterações na visão e no comportamento, sedação, fadiga e falta de concentração. Há também os relaxantes musculares, frequentemente utilizados para combater dores nas costas, torções ou outras dores ocasionadas por exercícios físicos. Eles ocasionam sonolência e reações lentas, o que pode interferir nas habilidades na hora de conduzir.
Ulbra - Os antialérgicos estão entre os medicamentos que podem influenciar na capacidade de dirigir. Nesse caso, qual seria a indicação para alguém que necessita de tal uso?
Professora - Sim, os chamados medicamentos de primeira geração (clorfeniramina, prometazina, hidroxizina, entre outros), podem provocar alterações na visão e no comportamento, sedação, fadiga, e falta de concentração. O recomendado para essas situações seria o uso de antialérgicos de segunda geração (loratadina, desloratadina, ebastina entre outros) ou medicamentos por via nasal (corticosteroides de uso tópico -- nasal) como profilático para esses casos.
Ulbra - Os medicamentos via nasal não são tão "maléficos" quanto os de via oral?
Professora - Não, os medicamentos por via nasal como corticosteroides, por exemplo, utilizados na prevenção de rinites alérgicas e asma, não apresentam as reações adversas citadas em relação à condução de veículos. Seria uma das alternativas para o uso de pacientes que necessitam dirigir.
Para participar da live, inscreva-se gratuitamente em ulbra.br/live
Francieli Vareira
Estudante de Jornalismo da Ulbra Canoas
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