Gente da Ulbra
Aluno integra criação de veículo elétrico híbrido para a área rural
Projeto tem a participação do curso de Engenharia Mecânica Automotiva
Uma reunião de assinatura de convênio para a criação de um carro híbrido foi o pontapé inicial para o desenvolvimento de outro projeto igualmente ambicioso com participação da Ulbra. No encontro que culminaria na parceria entre a Universidade, Agrovec, JSA Engenharia e Feevale, o acadêmico Giuseppe Vingert e o professor Luiz Carlos Gertz tiveram as primeiras conversas para a produção de carros para o controle de ervas daninhas em lavouras de cana-de-açúcar, que teve sua primeira encomenda entregue em São Paulo na primeira quinzena deste mês.
Trabalhando há mais de 10 anos na Agrovec, empresa da família, e sempre envolvido diretamente no desenvolvimento dos projetos dos veículos agrícolas, Giuseppe contou como seu caminho cruzou com o da Ulbra e permitiu que a produção do Penta chegasse tão longe. "Quando conheci o professor Gertz, da Engenharia Mecânica Automotiva, trocamos várias ideias sobre outros projetos, inclusive o que acabamos por desenvolver, que se chama Penta. Ele fez uma visita à empresa, para conhecer nossos produtos, e foi onde ele me convidou para estudar na Ulbra e desenvolver a suspensão do veículo lá", relembrou.
A parceria não poderia ter sido mais positiva para o jovem de Novo Hamburgo, que já tinha estudado mecânica na Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha. "Eu tinha o problema, a Ulbra tinha os meios, os livros e os ensinamentos. Juntando isso e as aulas do professor Gertz, desenvolvemos um produto de qualidade", afirmou o jovem, que frisou que só com o docente teve o conteúdo necessário para desenvolver o veículo.
Além dos ensinamentos que embasaram o desenvolvimento do Penta, o professor Gertz foi responsável pelo aprimoramento do projeto da suspensão dianteira do veículo. Com tudo isso, de acordo com Giuseppe, o resultado não poderia ter sido melhor. "Após os testes de campo com o veículo e das opiniões das pessoas que andaram, concluímos que ficou um ótimo produto, tanto em desempenho como em conforto. Quando podemos juntar o conhecimento com a fabricação de um produto, podemos ver de forma mais clara os resultados obtidos", observou.
Projetos que demandam tempo, estudo e estrutura
O caminho até a conclusão do primeiro projeto não foi fácil. Com início em setembro de 2019, a equipe precisou analisar diversos aspectos do protótipo e realizar testes, antes de colocá-lo em produção. Os laboratórios e a oficina da Ulbra foram utilizados nesse período, como mostram alguns dos registros feitos por Giuseppe, que exalta a possibilidade de unir forças com a Instituição. "É uma grande vantagem poder desenvolver algo que realmente será produzido e ver se o dispositivo vai ter o resultado desejado. Então, quando se tem o conhecimento adquirido através do estudo, podendo colaborar com soluções efetivas, se torna muito gratificante e dá mais vontade de seguir em frente", concluiu o estudante.
Leonardo Magnus
Jornalista Mtb 19305/RS
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