Trabalho conjunto
Centro de Pesquisa da Ulbra realiza penúltima coleta de água em Esteio
Amostras fazem parte de análise encomendada pelo município
O Centro de Pesquisa em Produto e Desenvolvimento (Cepped) da Ulbra Canoas concluiu a penúltima etapa da coleta de amostras da água do Arroio Sapucaia, que passa pelo município de Esteio, na manhã desta terça-feira, 23. O trabalho faz parte da parceria entre o laboratório, a prefeitura da cidade e o Unilasalle. O contrato assinado prevê análises trimestrais nos afluentes da região, restando apenas mais uma campanha a ser realizada até o final deste ano.
Responsável por coordenar a coleta e a análise do material, a professora Renata Farias explicou que os períodos foram escolhidos para ajudar na avaliação sobre a influência do clima nos níveis de qualidade da água do arroio. "É importante avaliar esse comportamento ambiental durante essas quatro estações", destacou a engenheira química do Cepped, que também tem auxiliado alunos da graduação em trabalhos de conclusão de curso (TCC) que vão se basear nos resultados obtidos nas análises.
Produção acadêmica que busca soluções práticas
Juliana Picinini, de 22 anos, é uma das estudantes que fazem parte do grupo de trabalho. A jovem é co-orientada pela professora Renata Farias, no projeto em que busca avaliar se as águas do Arroio Sapucaia podem causar citotoxicidade e danos ao DNA em células humanas da linhagem HepG2, uma linha celular de câncer de fígado humano.
De acordo com ela, a ideia para o tema surgiu "pelo fato de o arroio fazer parte da bacia hidrográfica dos Sinos e receber efluentes domésticos, industriais e hospitalares, que podem conter contaminantes que não são devidamente legislados, monitorados e adequadamente removidos pelas estações de tratamento, podendo, assim, estar presentes na água de abastecimento humano".
Para Juliana, o trabalho é uma boa oportunidade de elucidar alguns dos efeitos que podem ocorrer em células humanas expostas a águas com esses contaminantes. "Talvez assim, com mais estudos na área, leis mais abrangentes possam ser criadas", contou a acadêmica do último semestre do curso de Biomedicina da Ulbra Canoas.
Leonardo Magnus
Jornalista Mtb 19305/RS
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