Reflexão
Em palestra, CEO da Microsoft Brasil fala de luta contra desigualdades
Evento realizado virtualmente pela Ulbra ocorreu nesta sexta-feira, 22
O sucesso profissional alçou Tânia Cosentino ao posto mais alto da poderosa empresa de tecnologia Microsoft, no Brasil. Atuando como CEO da multinacional no país desde o início de 2019, a executiva tem visto seu nome ganhar cada vez mais importância no cenário global, principalmente quando o assunto é a ascensão de mulheres em grandes corporações. Neste sentido, ela é taxativa ao dizer que se considera uma ativista do movimento feminista. "Sou e realmente luto pela equidade e pelo fim das desigualdades", garantiu no começo de sua fala na palestra virtual O Verdadeiro Poder da Tecnologia e o que Escolhemos Fazer com Ela, que foi convidada pela Ulbra a ministrar, nesta sexta-feira, 22.
Em um período de extrema necessidade do uso de tecnologias e de um vertiginoso crescimento da importância do segmento, Tânia aproveita para colocar em voga a diversidade nas empresas. De acordo com a CEO, o mundo vem entendendo, por meio de estudos, que uma melhor distribuição de cargos entre homens e mulheres é capaz de trazer resultados mais significativos. "A diversidade traz mais talentos, criatividade, inovação e engajamento dos funcionários", observou a executiva.
Segundo Tânia, "estudos já apontam que, se nós colocássemos 50% de mulheres e 50% de homens nas organizações, nós conseguiríamos inserir um PIB de um Estados Unidos e uma China na economia mundial". E é isso que a administradora da Microsoft Brasil vem tentando implementar e fomentar na sua gestão. Durante a palestra, ela citou diversas iniciativas criadas desde que assumiu o cargo na gigante de tecnologia. "Metade da população é composta por mulheres. Se não vemos uma representação parecida dentro das empresas, é evidente que estamos desperdiçando um grande potencial econômico, que tem impactos sociais e ambientais", ressaltou.
Pandemia reforça preocupação com empoderamento
"Há alguns anos, a Microsoft já tem observado que sua missão deve se concentrar em empoderar cada pessoa e organização a conquistar mais através da tecnologia", reforçou, em sua fala, Tânia Cosentino. Esse empoderamento, segundo ela, vai além dos esforços pelo fim das desigualdades de gênero. Para ela, o problema tem afetado a sociedade como um todo, resultando em um déficit de capacitação significativo. "Precisamos colocar o humano no centro da discussão, para que possamos ter uma experiência diferenciada."
A pandemia trará grandes impactos e Tânia ressaltou que isso faz com que o papel da empresa nesse desafio seja ainda mais relevante. "Precisaremos capacitar pessoas para recolocá-las no mercado de trabalho, após essa crise. A tecnologia será primordial para isso", apontou a CEO da Microsoft Brasil, que considera que o compromisso com a educação e a capacitação das pessoas é uma responsabilidade que deve ser assumida por governantes e grandes empresas. "Nós precisamos guiar esse processo, liderar uma nova sociedade que vai surgir pós-pandemia. As relações mudarão muito, pois é uma crise sem precedentes nos últimos 100 anos", reforçou.
Como virá essa ajuda
De acordo com Tânia Cosentino, a resolução do problema precisa partir do apoio às ideias inovadoras e das iniciativas que surgirão daqui para frente. "Não podemos ter currículos tão defasados. A cultura digital é importante na formação e são poucos os alunos que se formam prontos para os desafios da Era Digital. Precisamos repensar isso, para que essas pessoas desenvolvam habilidades cognitivas que possam levar para o resto da vida. Nesse sentido, infelizmente, o Brasil não sabe formar. Nós não ensinamos as nossas crianças a pensarem", criticou.
Além dessa mudança de currículo e do incentivo à apropriação de metodologias focadas no uso de novas tecnologias, a executiva da Microsoft acredita que mais iniciativas de apoio às startups precisam surgir. Tânia elencou algumas que já estão sendo colocadas em prática, como é o caso do programa Women Entrepreunership, que é um fundo de apoio a empreendimentos fundados por mulheres. Esse fundo tem o objetivo de captar e fazer aportes de R$ 500 mil a R$ 5 milhões nas startups.
Leonardo Magnus
Jornalista Mtb 19305/RS
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