Dia Internacional da Mulher
8 de março: Mulheres são maioria entre os estudantes da Ulbra
Acadêmicas refletem sobre suas experiências enquanto mulheres na academia
Ocupando, cada vez mais, espaços na sociedade as mulheres vêm reescrevendo as suas histórias de luta e conquista. Este 8 de março, Dia Internacional da Mulher, representa um novo momento de reflexão sobre a importância de ocuparem todos os segmentos sociais buscando a sua independência.
No âmbito acadêmico não é diferente. A presença feminina tem sido cada vez mais significativa. Na Ulbra, elas são maioria, representando 58% dos estudantes. Para a gerente de Educação Continuada e Educação da Universidade, professora Simone Imperatore, a inclusão feminina no mercado de trabalho e, por consequência, na academia, é fruto de um processo cultural de amadurecimento e conquista. ''Hoje, essas mulheres conseguem se enxergar como sujeitas e protagonistas de sua própria história,'' apontou.
Políticas públicas, segundo Simone, são um condicionante essencialmente vital para dar mais oportunidade às mulheres, assim como a sua condição familiar e no mercado de trabalho. "As mulheres, hoje, estão casando mais tarde, têm filhos mais tarde. E os próprios valores sociais e religiosos vêm mudando''.
A conquista de espaços e oportunidades
Retornando ao espaço acadêmico e identificando-se com esse lugar de aprendizagem que, por muito tempo lhe foi negado, Mari Cristina Agapitto, 56 anos, ingressou no curso de Pedagogia no primeiro semestre de 2020. ''Casei muito nova, com 17 anos, e parei no ensino Fundamental''. Envolta em uma rotina de maternidade, trabalho de doméstica e cuidados com a casa, Mari deixou o estudo de lado por muitos anos. Hoje, colaboradora da Ulbra, destacou que ver as pessoas estudando a incentivou, depois de 40 anos, a retomar os estudos. "Me inscrevi no Encceja e, ano passado, quando eu passei, já me matriculei para o curso de Pedagogia,'' recordou.
Em meio a diversas pressões cotidianas, se faz necessário destacar que as mulheres não estão condicionadas a dar conta de todos os afazeres, como apontou a acadêmica de Psicologia, Kerolin Oliveira. Para ela, que concilia a tripla jornada de universidade, trabalho e maternidade, o mais importante é não se auto julgar, compreendendo que a sua rotina não é uma falha. "Não há nada que eu possa fazer quanto a isso, o que eu posso mudar é a forma com que lido com todas as cobranças que uma mulher, mãe, esposa e universitária enfrenta''.
Certa de suas escolhas
Na hora da escolha profissional, para aquelas com o privilégio de poder fazê-la, muitas vezes o questionamento inicia dentro da família. A acadêmica do curso de Engenharia Mecânica Automotiva, espaço onde os alunos são predominantemente homens, Suélen Rodrigues, 25 anos, conta que sempre se manteve firme na sua decisão, mesmo ouvindo comentários de parentes que não a compreendiam, sentindo-se, assim, pressionada a justificar a sua escolha. "Ouvi muitas perguntas do tipo - "Mas esse é um curso de homem, né?''
A representatividade é a forma que movimenta as mulheres, as instigando a seguir em suas áreas de interesse. "Hoje me sinto realizada quando vejo mulheres como Alba Colon e Aprille Ericsson, a primeira no ramo automotivo e a segunda no aeroespacial,'' conta Suélen. Para ela, a engenharia é um ato de pensar e criar soluções para um tipo de problema, tarefa que necessita de qualificação e não de exclusão de gêneros.
Emily Ebert
Estagiária de Jornalismo da Ulbra Canoas
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