Reconhecimento
PPGEMPS leva prêmio da Associação Brasileira de Fabricantes de Tintas
Egressa e orientadora da Ulbra ficaram entre os três melhores trabalhos
O Programa de Pós-graduação em Engenharia de Materiais e Processos Sustentáveis (PPGEMPS) da Ulbra voltou a ocupar um lugar de destaque na premiação da Associação Brasileira de Fabricantes de Tintas (Abrafati). Em cerimônia realizada em São Paulo, na noite desta terça-feira, 10, a egressa Suelen Muller e a professora Dra. Ester Rieder, sua orientadora, receberam o Prêmio Abrafati de Ciências em Tintas, que está em sua 20ª edição.
Com a pesquisa intitulada Inserção de nanopartículas de óxido de zinco em revestimentos alquídicos base água para proteção de aço carbono, a acadêmica ficou em 3º lugar na premiação da entidade. O trabalho é a continuação de uma pesquisa realizada também no PPGEMPS, em 2010, por Marcos Rauber, onde o ex-aluno do programa sintetizou e caracterizou a nanopartícula que, posteriormente, resultou na dissertação de Suellen, em 2015.
De acordo com Ester Rieder, orientadora dos dois egressos e coordenadora do PPGEMPS, a pesquisa traz inovações importantes para o segmento, principalmente por atenuar os impactos na saúde de quem aplica a tinta em objetos metálicos. "A tinta usada no revestimento de materiais metálicos tem como base o solvente, que é orgânico, e é bastante prejudicial à saúde e insalubre. Portanto, a ideia foi desenvolver uma tinta que tivesse água como base, mas tínhamos um problema: com essa base, o material não seria resistente à corrosão. A partir disso, incorporamos outros elementos para suprir essa carência", explicou a docente, se referindo ao uso de nanopartículas de óxido de zinco na tinta à base de água.
Entretanto, Suelen faz um adendo: apesar dos resultados promissores, a aplicação teve de ser realizada com nanopartículas diferentes das produzidas por Marcos. "Apesar de utilizarmos o mesmo conceito, nós aplicamos nanopartículas que já existiam no mercado para realizarmos a avaliação. Acredito que teríamos resultados ainda melhores, caso tivéssemos reproduzido com as nanopartículas do trabalho dele, já que eram menores. Quanto menor a partícula, maior a eficiência", destacou a egressa.
Prêmio de grande visibilidade
"Em um mestrado profissional como o nosso, todos os trabalhos desenvolvidos têm um interesse industrial, de dar escala à produção realizada na pesquisa. No caso da Suelen, ela já trabalha numa empresa fabricante de tintas e também é egressa da graduação em Química da Ulbra, então ela cresceu profissionalmente aqui dentro. Ter essa visibilidade externa é muito importante, tanto para nós como para ela na indústria de tintas. O prêmio dá a ela grande projeção nacional", ressaltou a professora Ester Rieder. Para ela, o programa precisa dar oportunidades de crescimento aos seus pós-graduandos. "Fica o sentimento de dever cumprido", completou a coordenadora.
Feliz com o prêmio recebido, Suelen valorizou o desfecho do seu mestrado. "Me sinto realizada por ter sido premiada com esse estudo. O prêmio me motiva a seguir contribuindo cada vez mais com estudos na área de tintas, promovendo a inovação neste mercado". Ela ainda confessou que o maior objetivo já havia sido alcançado: "criar um revestimento tecnicamente relevante e que contribuísse economicamente e ambientalmente através da redução de gastos com corrosão".
Leonardo Magnus
Jornalista Mtb 19305/RS
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