Evento abordou autismo em uma visão médica, psicológica e jurídica Foto: Guilherme Estulano/Ulbra

O projeto A Voz da Inclusão, em parceria com a Ulbra e o Centro Interdisciplinar de Estudos em Psicomotricidade Relacional (Ciepre), realizou na última terça-feira, 3, o I Seminário Autismo em uma visão Médica, Psicológica e Jurídica. Além de organizar atividades para informar e conscientizar sobre o autismo, as mães d'A Voz da Inclusão possuem um programa semanal na Rádio Metropolitana FM e está em vias de tornar-se uma instituição.

Segundo Aneara Schons, uma das idealizadoras do seminário, o objetivo do evento é disseminar a informação sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). "Precisamos tirar esse estigma de que a pessoa dentro do espectro não pode viver em sociedade. A importância disso é que sejamos a voz de quem não consegue falar por si só", disse ela, que é uma das fundadoras do projeto A Voz da Inclusão. As palestras abordaram temas relacionados ao direito da pessoa dentro do espectro, o ponto de vista estritamente técnico dos transtornos que abrangem o TEA, além de uma contextualização da condição durante toda história da medicina.

O professor Ivan Basegio, docente da Ulbra e fundador do Ciepre, destacou que eventos assim são importantes pela visibilidade que atraem para a condição das pessoas que vivem com o TEA. "A proposta de hoje é chamar um pouco de atenção para a questão do autismo, então trouxemos convidados que são especialistas em suas áreas, como uma neurologista, duas psicólogas e um advogado, que irão debater e explicar como podemos ajudar e auxiliar as pessoas que atuam com essas demandas dentro de escolas, clínicas e afins", explicou.

O público foi composto por não só por alunos, professores e profissionais ligados à causa, mas também por pais de pessoas autistas. Marco Antônio Nunes, colaborador da Ulbra foi um dos presentes no evento. Ele, que é pai de uma criança com TEA, ressaltou a importância de ver ações levando o conhecimento para o público, já que "muitas vezes a desinformação sobre o assunto é muito maior que a informação". 

Guilherme Estulano
Estudante de Jornalismo da Ulbra Canoas