40 anos do curso
Serviço Social recebe palestra de professora que é referência nacional
Maria Lúcia Martinelli falou dos desafios da profissão na atualidade
Dando início aos eventos de comemoração dos 40 anos do curso de Serviço Social, celebrados em junho de 2020, a coordenação da graduação teve uma conferência especial na noite desta segunda-feira, 25. A professora Dra. Maria Lúcia Martinelli, referência da área no país visitou o campus para conversar com os alunos. O evento ainda recebeu o diretor da unidade, Leonardo Haerter dos Santos, a secretária de Desenvolvimento Social de Canoas, Luísa Camargo, e a representante do Conselho Regional de Serviço Social da 10ª Região (CRESS-RS), a assistente social, Renata Dutra.
A coordenadora Ana Patrícia Barbosa ressaltou a importância e a pertinência do tema escolhido. "Trazer uma referência como a professora Maria Lúcia Martinelli é uma forma de colocar em pauta a discussão sobre a perda de direitos sociais que estamos vivenciando na atualidade. Esse debate é fundamental no âmbito da formação profissional do assistente social.", contextualizou.
O assunto foi também um pedido dos alunos do curso. Apesar das atuais incertezas da profissão, a acadêmica Andressa Litter disse não temer pelo futuro. "É um tema propício, tendo em vista os inúmeros retrocessos que estamos sofrendo nas políticas sociais. Ainda assim, não temos nada a temer, pois o serviço social é pautado na luta, na defesa e na resistência", enfatizou a estudante do 6º semestre.
Palestra destacou os pilares da profissão
Em sua fala, a palestrante trouxe alguns pontos importantes da atuação do assistente social. Para Maria Lúcia, a profissão ainda é fundamental no atendimento às famílias mais vulneráveis e cumpre um papel essencial na sociedade brasileira, mesmo com retrocessos nos últimos anos. "Vivemos um momento de acentuamento do conservadorismo e de um retraimento na oferta de políticas públicas, então o campo de atuação do assistente social acaba sofrendo com esse problema, mas também assume um protagonismo importante na ausência do Estado", explicou.
Na visão da professora da PUC/SP, aspectos da formação, do trabalho e da pesquisa científica são os pilares que sustentam a atuação na área. "O profissional da área pode trazer contribuições muito significativas, pois ele vai às periferias, tem o contato direto com as pessoas e, dessa forma, pode reconstruir a teoria, pode melhorar o mercado de trabalho e também proporcionar condições mais favoráveis nas relações interdisciplinares", observou a pesquisadora.
Saúde mental tem sido uma das preocupações no meio
Questionada sobre as dificuldades emocionais para lidar com as diversas situações de vulnerabilidade social, sem que isso afete diretamente o profissional de serviço social, a professora Maria Lúcia ressaltou que essa também tem sido uma das preocupações do novo milênio. "É algo que temos trabalhado muito. O adoecimento do profissional é um dos desafios que estão sendo enfrentados. Precisamos de assistentes sociais cada vez mais críticos, mais competentes e mais preparados teoricamente, para que eles saibam como enfrentar as dificuldades sem que elas repercutam na sua saúde mental e física", afirmou a palestrante.
Leonardo Magnus
Jornalista Mtb 19305/RS
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